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Villahermosa – Caminhões militares transportavam ontem água, comida e roupas para os flagelados do Estado mexicano de Tabasco enquanto equipes de resgate empenhavam-se no salvamento de milhares de pessoas obrigadas a se refugiar no telhado de suas casas depois de fortes chuvas terem atingido a região.

"A situação é extraordinariamente grave. Este é um dos piores desastres naturais da história do país", declarou o presidente do México, Felipe Calderón, em pronunciamento na televisão na noite de quinta-feira.

Estima-se que 900 mil pessoas tenham ficado com suas casas inundadas, danificadas ou inacessíveis. O governador de Tabasco, Andres Garnier, disse que 300 mil pessoas estavam ontem à espera de resgate.

Depois de uma semana de fortes chuvas, cerca de 70% do território de Tabasco está atualmente debaixo da água. Ao mesmo tempo, 80% de Villahermosa, a capital do Estado, está inundada. Pelo menos uma pessoa morreu.

Enchentes são relativamente comuns em Tabasco nessa época do ano. Em Villahermosa, os habitantes dos bairros mais pobres, na parte da baixa da cidade, chegam a passar meio ano com o piso térreo de suas casas alagado.

Entretanto, as chuvas deste ano foram mais fortes que o convencional e surpreenderam a todos, alagando áreas que não costumam ser afetadas.

As enchentes neste Estado situado na costa do Golfo do México, somadas à falta de água e comida, levaram as autoridades locais a alertarem para os riscos de disseminação do cólera e de outras doenças.

Policiais, soldados, bombeiros e outras pessoas empenhados nos esforços de resgate estavam tentando salvar centenas de milhares de pessoas isoladas pelas águas.

Na noite de sexta-feira soldados esvaziaram o centro histórico de Villahermosa, capital de Tabasco, depois que as águas do Rio Grijalva romperam diques de sacos de areis e superaram um muro de contenção, inundando a estação rodoviária e um mercado da cidade.

Grande parte das casas de Villahermosa estava com águas barrentas até a altura do teto. Dezenas de hospitais, clínicas e prontos-socorros ficaram alagados.

Mas o suplício dos habitantes de Tabasco parece longe de terminar. Meteorologistas prevêem mais precipitações nos próximos dias.

O Rio Grijalva está dois metros acima do nível considerado crítico pelas autoridades locais. No Estado de Chiapas, vizinho de Tabasco ao sul, as chuvas dos últimos dias afetaram mais de 100 mil pessoas.

As chuvas no México não estão relacionadas ao furacão Noel, que esta semana matou mais de 118 pessoas no Caribe.

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