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Muitos dias em Paris acompanhando o noticiário nos deram uma capacidade de entender um pouco de francês, e o resto vai na base da adivinhação. Especialmente as palavras para "aberto", "fechado" e derivados estão na ponta da língua. Foi assim que soubemos, no fim da noite de domingo, que a Air France estava organizando um voo de Toulouse, no sul da França, para São Paulo. Deveria decolar à meia-noite desta segunda-feira, mas para estar nele era preciso não apenas remarcar a passagem, como também estar no Aeroporto Charles de Gaulle às 6 horas de segunda, para pegar o ônibus até o sul da França – inviável para mim e minha família. O detalhe é que o aviso sobre o voo especial, por muito tempo, esteve em francês no site airfrance.fr, mas demorou para entrar em inglês no airfrance.com.br.

Meu pai e eu fomos ao endereço fornecido pela funcionária da Air France que remarcou nossa passagem. No local, bem mais próximo do nosso hotel, nada de escritório. Nem os carteiros sabiam de nada, até que a atendente de um bar nos disse que o escritório da Air France na Bastilha estava fechado... havia dois anos. O jeito foi voltar aos Invalides, onde encontramos uma fila ainda maior que a de domingo.

Queríamos saber se haveria o voo Toulouse-São Paulo na terça, ou pelo menos se poderíamos remarcar o voo Paris-Amsterdã que pegaríamos na manhã de sexta-feira – nossa preocupação é que a uma hora e meia de conexão não seja suficiente, e decidimos voar para a Holanda na quinta à noite e dormir no aeroporto para não perder o voo para o Brasil. Um funcionário da Air France aconselhou fazer a remarcação por telefone. Mas quem disse que o francês adivinhatório adianta na hora de ligar para o call center? Até existe atendimento em inglês, mas os atendentes devem ser tão lendários quanto o corcunda de Notre-Dame.

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