• Carregando...

As eleições de domingo no Chile levaram cerca de 6,6 milhões de eleitores às urnas, número inferior às previsões, considerando que a participação geralmente supera 13 milhões. Foi a maior abstenção em um pleito presidencial desde o retorno à democracia no país, há 24 anos. Em 15 de dezembro, os chilenos terão um novo compromisso com as urnas, quando as candidatas à Presidência Michelle Bachelet e Evelyn Matthei disputarão segundo turno.

O número de votantes, no entanto, foi maior que o das eleições municipais de 2012, quando estreou o voto voluntário e houve uma abstenção de quase 57%. Em outubro do ano passado, participaram em torno de 5,8 milhões de pessoas. Em 2009, com o voto obrigatório, 7,2 milhões de pessoas votaram no pleito presidencial.

O candidato que vencer o segundo turno em dezembro assumirá em 11 de março com um novo Parlamento, onde a oposição detém a maioria e haverá maior presença de parlamentares comunistas, que conseguiram dobrar sua representação.

A ex-presidente socialista Michelle Bachelet venceu com folga o primeiro turno da eleição, mas terá de disputar uma segunda rodada contra Evelyn Matthei para confirmar a vitória.

Com nove candidatos na disputa, a votação ficou bastante dividida e Bachelet, que busca retornar à Presidência que ocupou de 2006 a 2010, ficou pouco abaixo dos 50% necessários para vencer a eleição ainda no primeiro turno.

Bachelet, que foi a primeira mulher presidente do país, recebeu pouco menos de 47% dos votos. A segunda colocada Evelyn Matthei, ficou em segundo, com 25% dos votos.

Bachelet prometeu na campanha realizar um ambicioso programa de reformas tributária e da educação para combater a desigualdade no país, enquanto Matthei comprometeu-se a continuar com a maioria das políticas favoráveis ao mercado do atual governo do presidente Sebastián Piñera.

Bachelet prometeu realizar 50 reformas nos primeiros 100 dias de governo, se voltar ao poder. A principal bandeira política é um aumento nos impostos corporativos de 20% para 25% para financiar reformas educacionais que incluem uma mudança gradual para o ensino superior gratuito. Ela também quer reescrever a Constituição da época da ditadura.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]