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Veja o momento em que carros de resgate e familiares chegam no local do acidente

Veja a cronologia de acidentes aéreos ocorridos na Espanha

Antes do acidente desta quarta-feira (20) com o vôo JK 5022 da Spanair, com 173 pessoas a bordo, várias pessoas perderam a vida em desastres aéreos na Espanha, confira abaixo:

> Em 1977, se registrou o maior acidente com vítimas mortais em um aeroporto espanhol foi, quando dois Boeings 747 se chocaram em Los Rodeos, Tenerife, e 583 pessoas morreram.

> Em nov de 1983, a colisão de um Boeing 747 da companhia colombiana Avianca caiu em Mejorada del Campo, próximo a Barajas, em um acidente que matou 181 pessoas e deixou 11 sobreviventes. O avião se preparava para aterrissar no aeroporto de Madri-Barajas

> Em 1983, um acidente com um avião da companhia Ibéria, vitimou 93 passageiros.

> Em fev de 1985, um Boeing 727 caiu na cidade de Bilbao, norte da Espanha, e tirou a vida dos 148 passageiros.

> Em set de 1998, quando um avião da Pauknair procedente de Málaga caiu em território marroquino, matando 34 pessoas.

> Em 1999, um avião com 245 pessoas derrapou e saiu da pista em setembro de 1999. O boeing se partiu em três pedaços, deixando 68 passageiros com ferimentos leves.

> Em ago de 2001, em Málaga, quando quatro passageiros morreram e 26 se feriram em uma aterrissagem forçada de um turboélice CN-235 da companhia Binter Mediterrâneo.

Modelo de avião acidentado em Madri é considerado o 2º mais seguro do mundo

Apesar do acidente com a aeronave que saiu da pista nesta quarta-feira (20), matando 153 pessoas e ferindo outras 19, em Madri, a família de aviões MD-80 tem fama de ser uma das mais seguras em operação nos aeroportos de todo o mundo.

Introduzidos no mercado de aviação em 1980 pela americana McDonnell Douglas, cerca de 1.200 aviões modelo MD-80 foram fabricados até 1999, quando a empresa foi anexada pela Boeing. O avião que saiu da pista no aeroporto de Barajas é um MD-82.

De acordo com o site AirDisaster, o MD-80 é o segundo colocado no ranking de segurança entre os modelos comerciais, com 18 acidentes em 20 milhões de decolagens.

Considerado um avião de porte médio, o MD-80 tem duas turbinas e capacidade para 172 passageiros, dependendo da configuração dos assentos. Da frota de 65 aviões da Spanair, 36 são do mesmo modelo da aeronave acidentada.

A companhia, fundada em 1986, nunca tinha sofrido um acidente, embora em 2001 um MD-83 da companhia tenha tido problemas com o trem de pouso durante uma descida no aeroporto internacional de Liverpool, na Inglaterra.

O acidente com um avião da Spanair no aeroporto de Barajas, em Madri, nesta quarta-feira (20), matou 153 pessoas e deixou 19 feridas. De acordo com reportagem do jornal "El País", dois dos feridos estão em estado "muito grave" e 12 encontram-se em estado "grave".

O avião levava 172 pessoas, segundo o site da empresa aérea Spanair. Em uma entrevista coletiva às 13h de Brasília, o porta-voz da empresa, Sergio Allard, havia dito que o vôo levava 164 passageiros, dois bebês e nove tripulantes. Segundo informações do Secretário de Interior e Justiça da Comunidade de Madri, os dois bebês estão vivos e recebendo atendimento médico em hospitais da capital espanhola.

Segundo o "El País", uma das vítimas em estado "muito grave" é uma mulher de 45 anos. Muitos dos feridos tiveram queimaduras e fraturas. A reportagem afirma que duas crianças, de oito e 12 anos, estão entre os internados e que perguntam freqüentemente por seus pais.

A empresa Spanair divulgou por volta das 23h (horário local, 18h em Brasília) a lista com os nomes de passageiros que estavam no vôo JK-5022 (clique para ler).

Causas e investigação

O chefe do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, concedeu uma entrevista coletiva em Barajas. Muito abalado, ele disse que "uma comissão começa a trabalhar imediatamente pra determinar as causas e circunstâncias deste trágico acidente."

O acidente já é o pior na história do aeroporto. Desde 1985 não morriam tantas pessoas em um acidente aéreo na Espanha. O vôo JK-5022 da companhia aérea Spanair que saía da capital espanhola em direção a Las Palmas de Gran Canaria, um dos destinos preferidos do verão europeu, se acidentou por volta das 14h45 (horário local, 9h45 de Brasília).

A causa mais provável do acidente é uma explosão que provocou um incêndio no motor lateral esquerdo. Existe a possibilidade de que o avião tenha saido da pista e se partido em dois já em uma região fora do aeroporto e isolada na cidade. Era a segunda tentativa do vôo de decolar. A primeira tinha sido abortada por motivos técnicos.

De acordo com o porta-voz da companhia aérea, o avião modelo MD-82 passou por uma revisão geral em janeiro deste ano e encontrava-se em plenas condições mesmo com seus quase 14 anos de vôo. A lista completa de passageiros ainda não foi divulgada.

A única informação confirmada com relação à identidade dos passageiros é que havia quatro alemães no avião. O vôo era compartilhado com a companhia Lufthansa. As empresas disponibilizaram um número telefônico gratuito para familiares que buscam informações sobre o acidente. O consulado brasileiro em Madri diz que é pouco provável que algum brasileiro estivesse no vôo.

Às 21h30 (horário local) havia 35 chegadas atrasadas no terminal T4 do aeroporto de Barajas. Nos outros três terminais 60 vôos estavam atrasados e outros sete cancelados. Nenhum dos vôos que partia ou chegava ao terminal em que aconteceu o acidente era do Brasil.

Cerca de 300 profissionais estão envolvidos nos trabalhos de resgate e identificação dos corpos, que por enquanto são armazenados em um centro de convenções ao norte da cidade. De acordo com Francisco Granados, um grupo de quase 100 psicólogos está à disposição da família das vítimas. A Spanair anunciou que fretou um vôo para os familiares dos mortos e feridos que estão em Las Palmas chegarem a Madri.

"Não ouvimos nada"

A acústica do Terminal 4 do aeroporto de Barajas, o maior e mais moderno da Espanha, impediu que os trabalhadores do local e os passageiros de outros vôos que se preparavam para embarcar ouvissem a explosão na hora que ocorreu.

"Só soubemos do que aconteceu quando a televisão noticiou, quando parentes nos ligaram para perguntar se estava tudo bem conosco. Vimos a fumaça, mas achamos que era algo pequeno, como os que de vez em quando há por aqui. Só depois percebemos que era sério desta vez", diz o vendedor português Roger da Silva, que há 11 anos trabalha em uma loja do free shop do T4. "A vida aqui dentro continua normal. Só diminuiu o número de clientes. Ninguém quer viajar em dia de acidente aéreo", completa.

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