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(FILES) In this file photo taken on October 11, 2019 US President Donald Trump gestures as he speaks during a “Keep America Great” rally at Sudduth Coliseum at the Lake Charles Civic Center in Lake Charles, Louisiana. – President Donald Trump urged Mexico on November 5, 2019 to “wage war,” with US help, on the drug cartels believed to have ambushed a group of American Mormons in northern Mexico, killing nine women and children.”If Mexico needs or requests help in cleaning out these monsters, the United States stands ready, willing & able to get involved and do the job quickly and effectively,” Trump wrote in a tweet. (Photo by SAUL LOEB / AFP)
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O país anunciou a sua retirada do acordo de Paris| Foto: SAUL LOEB / AFP

O presidente dos EUA, Donald Trump, tem razão em se retirar do Acordo de Paris. Enquanto o clima está realmente mudando e a atividade humana está desempenhando um papel nesse processo, as chances de uma catástrofe climática iminente são simplesmente pouco realistas e não fundamentadas na realidade.

Mas, mesmo admitindo uma catástrofe tão iminente, o Acordo de Paris por si só pouco faria para alterar o clima. Para ter qualquer impacto no clima, o mundo inteiro teria que mudar rapidamente a maneira como consome energia ou simplesmente permanecer subdesenvolvido. Ambas as opções são desprovidas de realidade.

Embora muitos países estejam expandindo rapidamente o uso de energia renovável, as previsões indicam que carvão, petróleo e gás natural continuarão a fornecer a esmagadora maioria das necessidades de energia do mundo por muito tempo. Para os países em desenvolvimento, as maiores prioridades são reduzir a pobreza energética e melhorar os padrões de vida.

Aqueles que clamam por ações em relação às mudanças climáticas são os que realmente deveriam ficar mais chateados com a farsa do Acordo de Paris. Ele foi comemorado como uma conquista revolucionária da união dos países desenvolvidos e em desenvolvimento do mundo, mas ele é tudo menos isso.

Sem mecanismos de fiscalização em vigor e sem consequências por não cumprir as metas de redução de emissões, os países são essencialmente livres para fazer o que quiserem, o que significa que continuarão em sua trajetória como de costume sem fazer alterações. A China, por exemplo, pode atingir o pico de suas emissões em 2030, mesmo que as projeções indiquem uma queda do seu pico de emissões antes desse ano.

A Índia, por sua vez, comprometeu-se a reduzir seus níveis de emissões ou a reduzir a proporção de emissões de carbono em relação ao produto interno bruto. Essa proporção pode diminuir desde que as emissões de carbono subam a uma taxa mais lenta que o PIB, mas as emissões de carbono continuarão aumentando da mesma forma.

Na verdade, a Índia se comprometeu com reduções de emissões inferiores ao que o país alcançaria se continuar com o mesmo rumo em que está atualmente. Em outras palavras, o país estabeleceu um padrão tão baixo que pode continuar com sua trajetória de intensidade de emissões e ainda sair como um herói do clima.

Como Oren Cass, do Instituto Manhattan, escreveu: "É fácil emagrecer até chegar aos 80 quilos, se você começa pesando 75 quilos".

O Paquistão foi mais honesto do que os outros sobre suas perspectivas de emissões, declarando sem rodeios: "Dado o crescimento econômico futuro e o crescimento associado no setor de energia, o pico de emissões no Paquistão deve ocorrer muito além do ano 2030. Um aumento exponencial de emissões [de gases de efeito estufa] provavelmente ocorrerá por muitas décadas antes que seja esperada qualquer redução nas emissões".

A conformidade global com o Acordo de Paris foi verdadeiramente péssima. De fato, a maioria das nações logo fracassará em cumprir os prazos acordados.

A esperança original de que a contribuição de cada nação possa, de alguma forma, pressionar outros países a "fazer mais" não está se concretizando. Esse acordo foi uma mistura de compromissos definidos arbitrariamente, sem mecanismo de fiscalização. Ele estava destinado ao fracasso desde o início.

O cumprimento dos compromissos do governo Obama imporia um claro dano econômico aos EUA, elevando os preços da energia - e isso é apenas uma pequena parte do custo total. Os americanos pagariam mais por alimentos, assistência médica, educação, roupas e qualquer outro bem e serviço que exija energia.

Esses custos mais altos estariam espalhados por toda a economia e reduziriam no geral o crescimento econômico e o emprego. Os analistas da Heritage Foundation estimaram que os regulamentos necessários para cumprir os compromissos do governo Obama imporiam os seguintes custos até 2035:

  • Uma perda geral de quase 400 mil empregos, metade dos quais nos setores de fabricação.
  • Uma perda de renda total média de mais de US$ 20 mil para uma família de quatro pessoas.
  • Uma perda agregada do PIB de mais de US$ 2,5 trilhões.

Outros países continuariam recebendo um passe livre segundo o acordo, mas se os EUA o assinassem, pode-se ter certeza de que processos legais de ativistas ambientais garantiriam que os EUA cumprissem suas obrigações.

Para piorar a situação, os regulamentos climáticos que abrangem a meta dos EUA podem nem alcançar os resultados desejados e exigiriam regulamentos adicionais. E isso seria apenas o começo. O Acordo de Paris exige metas cada vez maiores à medida que o tempo passa, o que aumentaria ainda mais o custo de cumprimento. Esses esforços nos trariam de volta às mesmas políticas caras e ineficazes que a atual administração está reavaliando.

Em vez disso, o Congresso deveria adotar políticas pragmáticas que realmente impulsionem a inovação em energia e proteção ambiental.

©2019 The Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês

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