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Obama (esquerda) e Medvedev se cumprimentam após assinatura do novo tratado de redução de armas nucleares | Dmitry Astakhov/AFP
Obama (esquerda) e Medvedev se cumprimentam após assinatura do novo tratado de redução de armas nucleares| Foto: Dmitry Astakhov/AFP

Pressão

Sexteto começa a debater sanções contra o Irã

Agência Estado

China, EUA, Rússia, Grã-Bretanha, França e Alemanha, que formam o chamado sexteto, começaram ontem a discutir novas sanções contra o Irã, que se recusa a suspender seu enriquecimento de urânio e a iniciar as negociações sobre seu suspeito programa nuclear.

A China e a Rússia tradicionalmente se opõem às sanções, embora tenham apoiado as primeiras três rodadas de sanções contra o Irã. Os dois países disseram várias vezes que ainda há espaço para negociações com o país persa.

Os EUA pressionam pela aprovação de novas sanções desde janeiro, quando a embaixadora norte-americana Susan Rice divulgou pontos de uma nova resolução aos outros cinco países que têm tentado frear o programa nuclear iraniano. A China concordou em discutir novas sanções no final de março entre autoridades políticas dos seis países.

  • Entenda o acordo entre Estados Unidos e Rússia

Os presidentes dos Estados Uni­­dos, Barack Obama, e da Rússia, Dmitry Medvedev, firmaram on­­tem um importante acordo, comprometendo-se a reduzir os estoques de armamentos dos seus paí­­ses. O documento fortalece a ação de Obama por um mundo sem ar­­mas nucleares.

O novo Tratado Estratégico de Redução de Armas (Start, na sigla em inglês) prevê que os ex-rivais da Guerra Fria tenham no máximo 1.550 ogivas nucleares. O nú­­mero é cerca de 30% menor que o estabelecido em 2002. Também foram impostos limites aos mísseis balísticos intercontinentais, necessários para lançar as ogivas em caso de ataque.

Fechado após meses de duras negociações, o acordo foi finalizado pelos líderes em Praga. Depois de uma reunião privada, Obama e Medvedev sentaram-se lado a la­­do para firmar o documento, visto também como importante passo para o "relançamento" da muitas vezes abalada relação bilateral.

Obama qualificou o evento co­­mo "extraordinário" e um "im­­­portante marco" para as tentativas de restringir o uso de armas nucleares. Ele qualificou o tratado como "um passo em uma jornada mais longa, que estabelecerá as condições para cortes maiores".

"Toda a comunidade mundial ganha (com a medida)", acrescentou o presidente russo.

O documento firmado pelos presidentes precisa ser ratificado pelos legisladores dos dois países. O texto deve substituir o Start de 1991, que expirou em dezembro passado.

Em Praga, exatamente 12 me­­ses atrás, Obama fez um histórico discurso se comprometendo com a meta de um mundo sem armas nucleares. Ontem, ele reafirmou o co­­mentário de um ano atrás se­­gun­­do o qual o desarmamento é "um objetivo de longo prazo, que não será alcançado enquanto eu estiver vivo".

O documento é firmado em um ano importante para as tentativas de se evitar a proliferação nu­­clear, quando a comunidade internacional pressiona a Coreia do Norte para se desarmar e o Irã para restringir seu programa nu­­clear.

Dificuldades

As negociações para o atual tratado foram atrapalhadas por vários fatores, em especial pelo projeto dos Estados Unidos de instalar um sistema antimísseis no Leste Europeu.

Moscou via essa iniciativa como uma ameaça direta ao país, apesar de Washington citar que o alvo era apenas o Irã. Agora, Oba­­ma disse que os dois lados concordaram em ampliar as conversas sobre um plano de defesa dos EUA para a Europa.

A Rússia já afirmou que pode desistir do novo tratado, caso se sinta ameaçada pelo sistema de defesa dos EUA.

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