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Chanceler alemã Angela Merkel ganhou sobrevida com acordo sobre migração | Jasper Juinen/Bloomberg
Chanceler alemã Angela Merkel ganhou sobrevida com acordo sobre migração| Foto: Jasper Juinen/Bloomberg

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e o ministro do Interior, Horst Seehofer, chegaram a um acordo na noite desta segunda-feira sobre a questão migratória no país. Na prática, o acerto garante a sobrevivência de Merkel no cargo, uma vez que Seehofer lidera a União Social-Cristã (CSU, na sigla em alemão), um dos membros da coalizão liderada por Merkel desde 2005.

Os dois líderes estabeleceram tópicos a serem ainda negociados nos próximos dias. Na fronteira entre a Alemanha e a Áustria, o acordo propõe novas triagens para "impedir que os requerentes de asilo cujos procedimentos de refúgio sejam de responsabilidade de outros países da UE entrem na Alemanha".

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Uma rede de "centros de trânsito" servirá como pontos centrais de processamento dos quais os migrantes inelegíveis seriam enviados de volta para os países relevantes, mas somente se esses países consentirem. Se esses países originais não concordarem, os migrantes rejeitados da Alemanha seriam enviados para a Áustria, "com base em um acordo". 

Não foi imediatamente claro até que ponto o governo de direita da Áustria, que se opôs à onda de migração da Europa, foi consultado nessas discussões. 

Manutenção no poder

O acordo não apenas prevê a permanência da CSU no governo como a própria manutenção de Seehofer no cargo, que estava ameaçada após um pedido de demissão no domingo. Segundo ele, o acordo prevê a "prevenção da imigração ilegal na fronteira entre a Alemanha e a Áustria". 

A chanceler alemã disse que o acordo com a CSU foi feito de acordo com o acertado na semana passada entre os líderes da União Europeia. O bloco decidiu ampliar a ajuda aos países do Mediterrâneo, em especial a Itália, com a distribuição dos migrantes pelo bloco. 

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Merkel foi amplamente vista na Alemanha como tendo lidando bem com a rebelião. "Ela se mostrará um farol estável em um mar tumultuado", disse Nils Diederich, professor de ciências políticas na Universidade Livre de Berlim. Mas, apesar de intacta, a coalização que a mantem no poder saiu fragilizada

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