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Madri – Rabei Osman El Sayed, conhecido como "Mohamed, o Egípcio" e considerado um dos mentores dos atentados de 11 de março de 2004 em Madri foi condenado por um tribunal de Milão a dez anos de prisão por formação de quadrilha com fins de terrorismo internacional.

Os juízes do Primeiro Tribunal Penal de Milão condenaram também Rajeh Yayh, considerado "discípulo" de El Sayed, a cinco anos de prisão pelo mesmo crime. As condenações são menores às solicitadas pelo promotor Maurizio Romanelli, que havia pedido 14 anos de prisão "O Egípcio" e 7 para Yayh.

Durante suas considerações finais, Romanelli acusou El Sayed de recrutar extremistas e dirigir uma célula do grupo terrorista Al Qaeda, que planejava um atentado contra um alvo não-identificado. A Al Qaeda, montada por Osama bin Laden, também é acusada dos ataques de 11 de setembro de 2001, contra os Estados Unidos.

Segundo a promotoria, El Sayed era representante de um grupo extremista egípcio vinculado à Al Qaeda e "ao menos dois dos supostos autores do ataque em Madri eram ligados a ele".

A defesa admitiu que seu cliente conhecia alguns integrantes da célula responsável pelos ataques, mas negou que ele participara de um complô para cometer ataques. Em 30 de outubro, o advogado de defesa Luca D’Auria pediu a absolvição de seu cliente, alegando que ele não cometera nenhum delito em solo italiano.

No entanto, o presidente do Primeiro Tribunal do Penal de Milão, Luigi Cerqua, disse à imprensa italiana que a sentença "se baseou em fatos ocorridos na Itália e não no julgamento feito em Madri contra o suposto cérebro dos atentados espanhóis".

D’ Auria questionou a decisão. "Estou totalmente convencido de que os ataques de 11 de março de 2004 influenciaram na liberdade de julgamento dos magistrados. A emoção é forte", acrescentou o advogado, que pedirá a impugnação da sentença.

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