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Rússia

Assassinos de espião foram localizados

Londres - Informação do WikiLeaks cita que agentes russos haviam identificado os assassinos do ex-espião Alexander Litvinenko, mas a inteligência britânica os dissuadiu da investigação.

Litvinenko morreu em Londres, em 2006, depois de ingerir polônio.

As autoridades britânicas citaram o ex-KGB Andrei Lugovoi como seu principal suspeito. A Rússia nega envolvimento e recusou a extraditá-lo.

Os telegramas de 2006 citam o enviado russo Anatoly Safonov afirmando que "as autoridades russas em Londres sabiam e seguiam indivíduos transportando substâncias radioativas para a cidade, mas disseram que estava sob controle antes de o envenenamento acontecer".

Agência Estado

Islamabad - A agência de notícias paquistanesa Online News, ligada a Is­­lamabad, suspendeu o diretor responsável pela publicação, na semana passada, de falsos documentos diplomáticos americanos contra a Índia.

Vários veículos de imprensa do Paquistão tiveram de se retratar pela publicação de despachos falsamente atribuídos aos vazamentos do site Wiki­­Leaks reproduzindo acusações feitas pelo país à arquirrival Índia. Os documentos aparentemente forjados foram difundidos pela Online News.

O diretor-executivo Mohsin J. Baig anunciou no sábado que uma investigação interna determinou que Sidique Sajid "abusou" de sua autoridade editorial e "fabricou uma história falsa" que atribuiu ao WikiLeaks.

"A chefia da Online lamenta a difusão da história, sua posterior publicação nos meios de comunicação e a consequente erosão da credibilidade política", afirmou a agência, em comunicado.

Baig estava na Turquia acompanhando o primeiro-ministro paquistanês, Yusuf Razá Guilani, quando a história foi publicada pela agência de notícias. Ele afirmou que "informar sem corroborar os conteúdos da história com documentos é inaceitável".

O episódio ilustra a tensão que envolve as potências nucleares vizinhas – que já protagonizaram três guerras – e, ao que se sabe, revela o primeiro uso para fins de propaganda política dos vazamentos dos textos diplomáticos.

Nos despachos falsos, relatos de que Nova Déli tem espiões nas regiões paquistanesas do Balu­­quistão e Waziristão e de que fi­­nancia o extremismo hindu em seu solo são atribuídos a representantes diplomáticos americanos na Índia.

Islamabad frequentemente acusa a rival de fomentar o separatismo, no primeiro caso, e a insurgência, no segundo, para rebater acusações indianas de que financia grupos terroristas na Caxemira.

Segundo os relatos falsos, os representantes dos EUA teriam qualificado de "genocídio similar ao da Bósnia", nos anos 90, o que ocorre na região da Caxemira – a qual abriga grupos separatistas.

Há ainda nos documentos descrições em termos pouco usuais de altos oficiais indianos. O ex-chefe do Exército Deepak Kapur é considerado "incompetente" e "cretino".

Outros são "petulantes" e "egoístas". E o general H.S. Panag é comparado ao general Dragomir Milosevic, acusado de crimes de guerra durante a Guerra da Bósnia.

Os falsos telegramas faziam ainda referência à "engraçada e chocantemente imatura" confissão de Mohammad Ajmal Qasab, o único terrorista que sobreviveu aos ataques de 2008 em Mumbai e pelos quais a Índia responsabiliza o Paquistão.

Divididos em 1947, após a independência do Reino Unido, os dois países têm histórico de rivalidade, com disputas por território, acusações de fomento de insurgência e mesmo conflitos abertos.

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