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Vista de Detroit, a cidade de empresas como General Motors | Rebecca Cook/Reuters
Vista de Detroit, a cidade de empresas como General Motors| Foto: Rebecca Cook/Reuters

701.475 é o número de habitantes de Detroit, segundo censo de 2012. Em 1950, havia 1,1 milhão de pessoas morando na cidade. A renda per capita é de US$ 15.261, US$ 10 mil a menos que no resto do estado de Michigan.

Em Detroit, uma cidade falida econômica, política e socialmente, as esperanças de recuperação estão nas mãos de organizações comunitárias com projetos como os de agricultura urbana, que proporcionam alimentos e trabalho a seus habitantes.

As estatísticas de Detroit oferecem uma clara visão da atual situação da cidade americana. Segundo o censo de 2012, a população da cidade é 701.475 pessoas, 1,1 milhão a menos que em 1950: 10,6% são brancos, 82,7% são afro-americanos e 6,8% hispânicos. A renda per capita da cidade é de US$ 15.261, US$ 10 mil a menos que no resto do estado de Michigan. A porcentagem de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza: 36,2 %, mais que o dobro que Michigan.

Mais do que as estatísticas, um fato reflete a desintegração que Detroit vive há anos. Em muitos bairros, o lugar onde as famílias realizam a compra de alimentos é a loja de conveniência do posto de gasolina da esquina. "Essa é uma triste realidade", afirma Rebbeca Salminen Witt, presidente da organização The Greening of Detroit.

Sua organização tem o objetivo de transformar Detroit em um lugar mais saudável, segura e verde através de projetos de agricultura urbana e recuperação de espaços industriais. A cidade tem graves problemas econômicos, políticos, ambientais, sanitários e sociais.

Praticamente abandonada à própria sorte nas três últimas décadas, são organizações como The Greening of Detroit que buscam salvar a cidade.

Percorrer alguns dos bairros de Detroit é uma experiência similar a visitar a cidade de Nova Orleans após a passagem do furacão Katrina. Casas abandonadas, janelas cobertas com madeiras, algumas casas incendiadas, outras com telhados derrubados, pichações cobrindo paredes. E, de vez em quando, no meio da destruição, um lar habitado por alguma família que resiste no meio do nada. Em algumas ocasiões, casas e estabelecimentos comerciais foram demolidos e deixaram enormes espaços vazios por toda a cidade. É o que alguns chamam "pradarias urbanas".

O Parque Romanowski, situado em Southwest Detroit, uma das zonas industriais mais castigadas da cidade, começou dessa forma, como um espaço vazio de 29 hectares. Sua sorte parecia decidida quando, no começo do ano, a prefeitura de Detroit, desesperada por economizar dinheiro, decidiu fechar o parque junto com outros 49 parques da cidade.

The Greening of Detroit, com a ajuda de voluntários e as doações de algumas das principais empresas que ainda operam na cidade, interveio para evitar que o parque se transformasse em mais uma pradaria urbana.

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