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O presidente da Argentina, Alberto Fernández, na residência presidencial em Buenos Aires, 14 de abril
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, na residência presidencial em Buenos Aires, 14 de abril| Foto: ESTEBAN COLLAZO / Presidência da Argentina

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, disse nesta terça-feira (18) que o problema dos direitos humanos na Venezuela "pouco a pouco foi desaparecendo".

Em entrevista a uma rádio de Buenos Aires, Fernández relatou diálogo que teve com o presidente da França, Emmanuel Macron, em recente visita ao país europeu. O presidente argentino disse que Macron o agradeceu por todos os seus "esforços pela paz na Venezuela e para que a democracia e a institucionalidade funcionem plenamente" no país caribenho.

Em seguida, Fernández lembrou que "muitos setores de esquerda" o criticaram pelo seu apoio ao informe da alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, que apontou as violações da ditadura chavista aos direitos humanos.

"Mas também trabalhei para ajudar Bachelet a instalar um escritório permanente na Venezuela, para monitorar o funcionamento dos direitos humanos na Venezuela, e pouco a pouco esse problema na Venezuela foi desaparecendo", afirmou Fernández.

Até o momento, o regime de Nicolás Maduro não permitiu a instalação de um escritório permanente da ONU em Caracas.

O presidente argentino defendeu que o caminho para a solução para os problemas da Venezuela "não envolve entrar nos países, nem de forma armada, nem com bloqueio".

A representante na Argentina do líder opositor venezuelano Juan Guaidó repudiou as declarações de Fernández. Pelo Twitter, Elisa Trotta disse que a afirmação de que o problema dos direitos humanos está desaparecendo na Venezuela "é falsa". "E ainda, [a declaração] significa uma ofensa para as dezenas de milhares de vítimas da ditadura criminosa de [Nicolás] Maduro", acrescentou.

"Também é falso, presidente @alferdez, que exista um bloqueio contra a Venezuela. Existem sanções contra corruptos, criminosos e narcotraficantes. Se se leem dados e estudos, em vez de escutar membros da ditadura, este ponto ficaria claro", pontuou.

Em suas postagens, Elisa Trotta lembrou um relatório da Human Rights Watch publicado no mês passado que mostra que forças de segurança da ditadura cometeram atrocidades na fronteira com a Colômbia.

A ONG Foro Penal, que monitora a situação de direitos humanos na Venezuela, afirma que existem no momento 306 presos políticos da ditadura chavista.

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