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Anastasia Vasilyeva, médica pessoal de Alexey Navalny, é detida por policiais na entrada da colônia penal N2, onde o crítico do Kremlin cumpre sentença de prisão, na cidade de Pokrov, 6 de abril
Anastasia Vasilyeva, médica pessoal de Alexey Navalny, é detida por policiais na entrada da colônia penal N2, onde o crítico do Kremlin cumpre sentença de prisão, na cidade de Pokrov, 6 de abril| Foto: Kirill KUDRYAVTSEV / AFP

Olga Mikhailova, advogada do líder opositor russo Alexey Navalny disse nesta terça-feira, 6, que seu cliente está "gravemente doente". Ele foi transferido para uma enfermaria da prisão em razão de problemas respiratórios. Ele tem febre, tosse, dor nas costas e teria perdido 13 quilos nas três últimas semanas. Navalny, segundo autoridades, passou por uma bateria de exames - incluindo um para Covid-19.

Segundo Navalny, que mantém atualizada uma conta no Instagram com a ajuda de aliados, vários detentos vêm sendo tratados por tuberculose na prisão. O opositor, que está em greve de fome, adotou um tom sarcástico. "Se eu tiver tuberculose, talvez isso resolva as dores nas costas e a dormência nas minhas pernas. Isso seria bom", escreveu.

Simpatizantes de Navalny acusam o governo russo de negar-lhe atendimento médico e de "assassinar lentamente" o líder dissidente. Ontem, a polícia prendeu vários apoiadores de Navalny que protestavam diante da colônia penal de Pokrov, a 200 quilômetros da capital Moscou, exigindo que ele recebesse cuidados médicos adequados.

Anastasia Vasilyeva, diretora da organização Aliança dos Médicos estava entre os presos - ao lado de outros três médicos. Repórteres da CNN e do Belsat, um canal de TV de Belarus que opera na Polônia, também foram detidos por um breve período.

Condenação

Navalny foi sentenciado a 2 anos e 6 meses de prisão por violar as regras de sua liberdade condicional - ele havia sido condenado em um caso de fraude, em 2014. A Corte Europeia de Direitos Humanos considerou ilegal a condenação de Navalny em 2014. O opositor alega, no entanto, que ele não cumpriu as exigências da condicional, entre elas a de não se reportar às autoridades russas, porque estava sob tratamento na Alemanha, após ter sido envenenado durante uma viagem à Sibéria, em agosto.

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