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nobel literatura 2020
Louise Gluck, vencedora do Nobel de Literatura de 2020| Foto: Robin Marchant / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP

O Prêmio Nobel de Literatura de 2020 foi concedido à escritora americana Louise Glück, "por sua inconfundível voz poética que com austera beleza torna universal a existência individual", anunciou a Academia Sueca nesta quinta-feira (8).

Glück, 77, é uma das poetisas mais admiradas nos Estados Unidos. Sua obra já foi reconhecida anteriormente, quando ganhou o Prêmio Pulitzer, o National Book Award, o National Book Critics Circle Award e o Prêmio Bollingen. "Ela procura o universal, inspirando-se nos motivos clássicos. . . . A voz de Glück é inconfundível. É franca e intransigente e sinaliza que esta poeta quer ser compreendida, mas também é uma voz cheia de humor e sagacidade mordaz", disseram os juízes do Nobel ao anunciar a vencedora.

"Averno", de 2006, foi uma das obras de Glück destacadas pela Academia Sueca, que a considerou magistral e "uma interpretação visionária do mito da descida de Perséfone ao inferno no cativeiro de Hades, o deus da morte". A escritora é conhecida por usar a mitologia greco-romana em suas reflexões sobre relacionamentos e o cotidiano atual.

Glück nasceu em 1943 em Nova York, e atualmente vive em Cambridge, Massachusetts. Além da literatura, ela é professora na Yale University, em Connecticut. A escritora estreou na poesia em 1968 com o livro Firstborn e entre outros prêmios importantes também levou o Pulitzer, pelo livro The Wild Iris, em 1993, e o National Book Award (2014). Dois anos depois, ela recebeu a National Humanities Medal do então presidente dos EUA, Barack Obama.

De acordo com a Academia Sueca, o trabalho de Louise Glück é caracterizado por uma busca pela clareza. Entre seus temas estão a infância e a vida em família. Os sonhos e ilusões são uns de seus processos na escrita.

"Mesmo que Glück nunca tenha negado a importância do contexto autobiográfico, ela não deve ser encarada como uma poeta confessional", diz a Academia Sueca. "Glück busca o universal, e nisso ela se inspira em mitos e motivos clássicos, presentes na maior parte do seu trabalho. As vozes de Dido, Perséfone e Eurídice - a abandonada, a punida, a traída - são máscaras para um eu lírico em transformação, tão pessoal quanto válido de maneira universal".

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