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O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, recebeu hoje a alpinista norte-americana Sarah Shourd, de 32 anos, que agradeceu ao governo do Brasil pela ajuda para que fosse libertada. Sarah foi recebida por Amorim na Missão do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, no início da tarde. Ela estava acompanhada da mãe, Nora, além de Laura e Alex mãe e irmão do noivo dela, Josh Fattal.

Amorim disse que, ao se encontrar ontem com a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, comentou a libertação de Sarah e perguntou se estava "contente". Segundo ele, Hillary respondeu que sim e disse "muito obrigado". Sarah ficou presa por 14 meses no Irã acusada de ser espiã do governo dos EUA junto com o noivo e um amigo, Shane Bauer, quando faziam alpinismo na fronteira entre Irã e Iraque.

Sarah foi solta na semana passada, mas os dois outros alpinistas continuam presos. Ela deixou Omã no sábado rumo a Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e depois pegou um voo comercial para os EUA. Ela disse que não podia falar em detalhes sobre a visita, mas afirmou que continuará na luta pela libertação de Bauer e Fattal e espera que o governo brasileiro possa ajudar nos apelos aos governo iraniano.

No entanto, o irmão de Fattal disse que o Brasil representou uma "grande ajuda" para a libertação de Sarah e que espera que o País possa continuar auxiliando para que os demais presos sejam libertados. Amorim explicou que o Brasil respeita as decisões e a soberania iraniana e que não fez nenhum tipo de pressão pela soltura dos alpinistas, mas sim pediu que o Irã ponderasse sobre a questão.

"Não houve nenhum tipo de pressão, até porque não poderíamos dar nada em troca, mas sim apelo, até porque o Irã vê o Brasil como (país) amigo, não como inimigo", afirmou. Segundo ele, Sarah contou que apenas um terço dela havia sido libertado e que só se sentirá realmente livre quando os demais alpinistas forem soltos.

O ministro disse ter entregue, no ano passado, cartas das mães dos três detidos ao ministro dos Negócios Estrangeiros do Irã, Manouchehr Mottaki, e que, coincidentemente, as mães puderam ver os filhos três dias depois.

Amorim enviou hoje mensagem ao governo iraniano em que manifesta a satisfação do governo brasileiro pela consideração do presidente Mahmoud Ahmadinejad e o ministro Mottaki às "ponderações feitas pelo presidente Lula sobre o tema, por o ocasião da visita à Teerã em maio último". Amorim está em Nova York participando da 65ª Assembleia Geral da ONU.

Bric

Esta manhã se reuniu com países do Bric - grupo do qual fazem parte Brasil, Rússia, Índia e China - sem que nenhuma decisão relevante tenha sido anunciada além do fato de que o grupo volta a se encontrar na China em meados do ano que vem. Também assinou acordo para estabelecimento de relações diplomáticas de Kiribati país que fica no Pacífico, e esta tarde participa de várias reuniões bilaterais.

O ministro fica na cidade até o dia 28 e depois embarca para o Haiti para acompanhar o projeto da construção de uma hidrelétrica com parte do dinheiro enviado pelo governo brasileiro para ajuda, após o país ter sido devastado por um terremoto no início deste ano.

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