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Três patologistas encontravam dificuldades ontem para identificar dezenas de corpos em rápida decomposição em uma vala comum, vítimas do pior tufão já registrado no país. O cenário ilustra a escala da tarefa que as autoridades filipinas enfrentam na cidade de Tacloban, duramente afetada.

Acredita-se que mais de 3.900 pessoas morreram quando o tufão Haiyan tocou a terra no centro das Filipinas, em 8 de novembro, e o mar avançou nas áreas costeiras, como um tsunami. Os patologistas da Universidade das Filipinas trabalhavam com três agentes funerários para identificar corpos esparramados na lama na beira da vala no anoitecer, mas ainda sob a luz do sol.

Ontem, dez dias depois do desastre, pela primeira vez teve início o meticuloso processo de identificação dos corpos inchados e em decomposição na fossa comum, o principal local para onde foram levados aqueles retirados dos escombros de Tacloban. A identificação é especialmente importante para os católicos romanos, religião predominante no país.

Ao revirar os corpos, os patologistas tiram fotos e anotam características, dimensões e outros detalhes, como roupas, joias e celulares. Eles vêm trabalhando a um ritmo de 15 corpos por hora desde o nascer do sol até o anoitecer, sem proteção contra o sol escaldante.

Com mais de 300 corpos levados para o local desde domingo, a patologista Raquel del Rosario-Fortun, bem-humorada, mas frustrada com o trabalho, disse que será impossível identificar todas as vítimas sem mais funcionários e instalações. Ela fez um apelo ao prefeito de Tacloban, Alfred Romualdez, que visitava o local, para que providencie mais ajuda.

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