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O presidente do Sudão, Omar Bashir, visitou seu terceiro país em quatro dias hoje. Desta vez foi até a Líbia, última nação a receber o líder, alvo de um mandado de prisão da Corte Internacional de Justiça.

Bashir se encontrou com o líder líbio, Muamar Kadafi, cumprimentando-o pelo apoio da Líbia ao Sudão após o mandado de prisão ser expedido em 4 de março. Na segunda-feira, Bashir foi até a isolada Eritreia, e ontem seguiu para o Egito, um forte aliado dos Estados Unidos na região. A Liga Árabe, de 22 membros, decidiu não respeitar o mandado, apesar de três de seus integrantes fazerem parte da Corte Internacional de Justiça.

O tribunal acusa Bashir de orquestrar uma contrainsurgência contra os rebeldes de Darfur. Os militantes supostamente apoiados por Bashir se envolveram em estupros, assassinatos e outras atrocidades contra civis. O governo é acusado de apoiar milicianos árabes contra africanos étnicos, para conter uma revolta na região a oeste do país. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que cerca de 300 mil pessoas morreram e 2,7 milhões foram forçadas a deixar suas casas desde 2003. O Sudão afirma que os dados estão inflados.

Bashir reagiu ao mandado expulsando 13 organizações humanitárias estrangeiras do Sudão. A medida expôs centenas de milhares de pessoas já sofrendo com o conflito a uma crise humanitária ainda maior. Nem Líbia nem Egito são signatários do tratado fundador da Corte Internacional de Justiça. Os dois países, e também a Liga Árabe, alegam que a intenção do mandado é apenas desestabilizar o Sudão.

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