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O presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, deixa a sessão da Assembleia Nacional nesta terça-feira, em Caracas. Grupos paramilitares agrediram e ameaçaram parlamentares e profissionais da imprensa que estavam na sede do legislativo. Foto: Federico Parra / AFP| Foto:

O presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, saía da Assembleia Nacional nesta terça-feira (26), em Caracas, quando um grupo de apoiadores do regime chavista começou a arremessar pedras e a golpear o seu veículo.

Os grupos armados também agrediram e assediaram jornalistas e profissionais da imprensa que cobriam uma sessão extraordinária da Assembleia Nacional, segundo a imprensa venezuelana.

Antes do ataque, Guaidó discursou durante a sessão na AN, que foi convocada para analisar a chegada de aviões militares russos na Venezuela e o apagão que voltou a atingir grandes partes do país desde a segunda-feira (25) e prejudicou também o uso da internet no país, deixando 85% da população sem acesso à rede nesta terça-feira.

Guaidó anunciou que amanhã fará um pronunciamento para dar todos os detalhes sobre a chamada "Operação Liberdade", que tem o objetivo de tirar o ditador Nicolás Maduro do poder. "Devemos acelerar os processos de organização, é o momento de dar o passo definitivo e encerrar a usurpação", afirmou.

O líder oposicionista falou também aos parlamentares sobre os próximos passos para a chamada "tomada de Miraflores", série de protestos que culminaria em uma marcha até o Palácio de Miraflores para ocupar o lugar de Maduro.

Saiba mais: O que significa a chegada de aviões militares da Rússia à Venezuela

Os jornalistas que estavam na Assembleia Nacional na tarde de terça também sofreram ataques dos grupos paramilitares apoiadores de Maduro, conhecidos como colectivos. Membros dos grupos rodearam o local em motocicletas e bloquearam todas os acessos, impedindo a saída dos deputados e dos profissionais de imprensa do local. Alguns jornalistas tiveram equipamentos roubados.

O sindicato de profissionais da imprensa da Venezuela (SNTP) informou que os jornalistas que faziam a cobertura da sessão da Assembleia Nacional só puderam sair do local após duas horas. Enquanto impediam saída dos jornalistas, os membros dos colectivos rodeavam a sede do legislativo, gritavam ameaças e lançavam foguetes, segundo relatos da mídia local.

Segundo o SNTP, os colectivos golpearam veículos da imprensa e tentaram agredir jornalistas. "Os colectivos atuam e ameaçam livremente", disse o SNTP pelo Twitter enquanto os jornalistas e deputados estavam sitiados no prédio do legislativo.

Ainda segundo o sindicato, o veículo em que estavam as equipes de dois canais de televisão locais foi atacado, o que causou a batida com outro veículo.

Saiba mais: Gangues de motocicletas são a força bruta de Maduro

Equipamentos de gravação e celulares de funcionários da agência Reuters foram roubados quando os jornalistas saíram da Assembleia Nacional.

Integrantes da rede colombiana NTN 24 sofreram pauladas dos colectivos.

"Dias contados"

O ministro da Defesa do Brasil, general Fernando Azevedo e Silva, se reuniu em Washington por mais de uma hora com o secretário de Segurança Nacional do governo Donald Trump, John Bolton.

Eles debateram a crise venezuelana e outros temas e, após o encontro, reforçou a retórica da ala militar do governo brasileiro de que é preciso encontrar uma "solução pacífica" para o país sul-americano.

"As Forças Armadas brasileiras, no meu pensamento, esperam ter uma solução pacífica em relação à Venezuela. Mas que se resolva isso, porque estamos há mais de um ano com a operação acolhida na fronteira", afirmou o ministro após a reunião.

John Bolton assegurou que os dias de Nicolás Maduro "estão contados".

"Tive uma boa discussão como ministro da Defesa do Brasil, Fernando Azevedo, nesta manhã. A região está unida e os dias de Maduro estão contados", afirmou Bolton pelo Twitter.

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