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Iranianos carregam caixão de membro da Guarda Revolucionária morto em atentado. Sete militares foram vítimas de ataque terrorista | Irna/Rashki/AFP
Iranianos carregam caixão de membro da Guarda Revolucionária morto em atentado. Sete militares foram vítimas de ataque terrorista| Foto: Irna/Rashki/AFP

Energia nuclear

Negociações entre AIEA e Irã não avançam

Agência Estado

Viena - O primeiro dia de conversações com o objetivo de persuadir o Irã a enviar a maior parte de seu urânio enriquecido para o exterior terminou sem resultados, mas o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Monhamed ElBaradei, afirmou, após o fim da sessão que as negociações "começaram bem".

El Baradei parecia otimista após o primeiro dia de conversações e afirmou que a maioria das questões técnicas haviam sido discutidas e que as partes irão se reunir novamente na manhã de hoje. "Nós tivemos uma reunião bastante construtiva nesta tarde", disse El Baradei. "Nós tivemos um bom início". O chefe da delegação iraniana, Ali Asghar Soltanieh, declarou apenas que endossava os comentários de El Baradei.

As conversações de ontem tiveram como objetivo permitir que um país estrangeiro – provavelmente a Rússia – transforme o urânio do Irã em combustível com maior enriquecimento para o reator iraniano.

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Teerã - Um dia após ataques terroristas que mataram seis de seus comandantes, a Guarda Revolucionária do Irã, mais poderosa força militar do país, afirmou que irá retaliar EUA e Reino Unido, que foram acusados juntamente com o Pa­­quistão de apoio aos radicais responsabilizados pelo massacre.

O balanço de mortos chegou hoje a 42 pessoas, depois de várias horas de relatos conflitantes. Os atentados, os mais mortíferos em duas décadas no Irã, ocorreram na manhã de domingo, durante reunião de comandantes da guarda com líderes tribais da Província de Sistão e Baluquistão, perto da fron­­teira com o Paquistão.

As ameaças foram corroboradas pelo líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei. "Os mercenários da arrogância global devem saber que o sistema islâmico vai proteger (...) seu povo leal e punirá aqueles que violarem suas vidas e segurança’’, afirmou. O Irã em geral alude aos EUA quando usa o termo "arrogância global’’.

Já o presidente Mahmoud Ahmadinejad disse que os problemas atuais do Oriente Médio têm como raiz a presença estrangeira na região.

O grupo radical sunita Jundol­­lah ("Soldados de Deus’’) confirmou hoje sua responsabilidade no episódio em um site islâmico.

Washington, Londres e Isla­­mabad negaram qualquer relação com o Jundollah ou com os atentados e condenaram veementemente os ataques.

Mas o líder da Guarda Revolu­­cionária, Ali Jafari, disse ter documentos indicando "laços diretos’’ entre o Jundollah e as inteligências americana, britânica e, "infelizmente, paquistanesa’’. "Nos bas­­tidores (dos ataques) estão os aparatos de inteligência americano e britânico, e teremos de agir para puni-los’’, disse o general Jafari.

As ameaças de retaliação ficaram restritas aos dois primeiros. Sobre o Paquistão, disse que uma delegação iraniana viajará em breve até o país para apresentar provas de envolvimento. Também exigiu que Islamabad entregue à Justiça iraniana os autores da ma­­tança.

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