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Familiares e amigos de vítimas dos atentados terroristas no metrô choram durante identificação dos corpos: tristeza e revolta em Moscou | Yuri Samolygo/Reuters
Familiares e amigos de vítimas dos atentados terroristas no metrô choram durante identificação dos corpos: tristeza e revolta em Moscou| Foto: Yuri Samolygo/Reuters

Um dia depois do duplo atentado que deixou 39 mortos no metrô de Moscou, o presidente russo, Dmi­­tri Medvedev, pediu ontem a revisão e endurecimento das leis contra o terrorismo. O Parlamento rus­­so, por sua vez, avalia restabelecer pena de morte aos terroristas.

Em discurso transmitido pelas redes de televisão, Medvedev pe­­diu à Suprema Corte e à Alta Corte de Arbitragem que proponham formas de "aperfeiçoar" as leis de terrorismo.

"Acredito que devemos prestar mais atenção ao aperfeiçoamento da legislação destinada a prevenir o terrorismo, incluindo a que se refere ao trabalho das diferentes estruturas que investigam tais crimes", disse Medvedev.

O presidente russo também destacou a necessidade de am­­pliar a segurança dos cidadãos no trans­­porte e em locais públicos com grande concentração de pessoas.

Pena de morte

A Câmara Alta do Parlamento russo estuda propor emendas para estipular a pena de morte aos or­­ganizadores de ataques terroristas que resultem em múltiplas mortes, afirmou o presidente do Conselho Federal do Comitê de Assuntos Legais e Jurídicos, Ana­­toly Lyskov.

Lyskov disse que o comitê já trabalha no rascunho da emenda que introduziria a pena de morte aos terroristas, em vez do limite máximo de prisão perpétua válido atualmente. A emenda determinaria ainda que os condenados por terrorismo não podem receber perdão do governo e devem ter a pena cumprida.

Não se sabe, contudo, como a nova lei funcionaria diante da moratória assinada em 1996, no Conselho da Europa, na qual a Rússia se compromete a suprimir a pena de morte e assinar – em­­bora nunca tenha ratificado – o protocolo número 6 da Convenção Europeia de Direitos Humanos, que proíbe a pena capital.

Mortos

O número de mortos pelos atentados de segunda-feira subiu para 39, nesta terça-feira, após uma mulher ferida morrer no hospital.

O primeiro-ministro, Vladimir Putin, prometeu "retirar dos esgotos" os cérebros que estariam por trás do duplo atentado suicida no metrô de Moscou.

As explosões causaram perplexidade no país. Duas mulheres-bomba foram responsáveis pelas explosões em duas estações do metrô da capital russa.

O dia de ontem foi para lembrar as vítimas. Velas foram acesas, em uma das estações atacadas, e algumas pessoas choraram lembrando o ataque. Os principais suspeitos pela violência são rebeldes no norte do Cáucaso, que estariam retaliando após a polícia russa matar alguns líderes separatistas.

Uma organização muçulmana russa anunciou que vai pagar 1 milhão de rublos (R$ 70 mil) por informações sobre os conspiradores por trás dos atentados.

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