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Presidente argentino defende adesão do México ao Mercosul

Buenos Aires – O presidente da Argentina, Néstor Kirchner, defendeu ontem a adesão do México ao Mercosul. "Consideramos essencial, por parte da Argentina, a incorporação e a aproximação (do México)", afirmou Kirchner durante entrevista coletiva à imprensa, no Palácio Nacional mexicano, ao lado do presidente Felipe Calderón. Kirchner também disse que é preciso construir novos acordos regionais e aprofundar os existentes para "forjar no mundo o lugar que nós merecemos no contexto da globalização". Ele e sua esposa, a senadora e candidata à Presidência, Cristina Fernández, se encontram no México para uma visita de três dias.

O principal compromisso do casal Kirchner no primeiro dia da visita foi a assinatura do Acordo de Associação Estratégica para fortalecer as relações políticas, econômicas e de cooperação entre os dois países.

Buenos Aires – Apesar de o presidente Néstor Kirchner ter afirmado o contrário, os mais de US$ 500 milhões que a Província de Santa Cruz depositou em um banco em Nova Iorque quando ele era governador continuam no exterior, segundo reportagem do jornal argentino "Perfil".

"Estão repatriados. Todos, todos", disse Kirchner ao ser questionado sobre o tema em maio sobre os fundos que foram depositados primeiro em Nova Iorque, e após o 11 de Setembro, em Luxemburgo.

O "Perfil" revelou no último domingo, porém, que a própria Província de Santa Cruz, no balanço de 2006, afirmou ter em uma conta no Credit Suisse, em Zurique, US$ 530 milhões.

A conta em Nova Iorque foi aberta em 1993, quando a Província recebeu US$ 535 milhões em royalties do petróleo atrasados do governo argentino. Por indicação do então ministro Domingo Cavallo (Economia), Kirchner pôs o dinheiro nos EUA. Em 2001, transferiu para Luxemburgo, e depois, Suíça.

Em sua campanha em 2003, Kirchner afirmava que o envio de dinheiro para o exterior havia permitido à Província evitar os efeitos da crise econômica argentina de 2001. Na entrevista de maio deste ano, ele disse: "Terra do Fogo gastou o dinheiro, Chubut gastou [...] ninguém sabe em quê, ninguém tem que prestar contas. O único a quem pedem que preste contas sou eu, que guardei o dinheiro. Os fundos estão aí, graças a Deus servem a Santa Cruz."

Segundo Kirchner, o dinheiro foi repatriado por seu sucessor, Sergio Acevedo, que renunciou em março de 2006. A documentação da própria Província mostra, porém, que, pelo menos até dezembro último, o dinheiro seguia na Suíça, ou seja, não foi repatriado por Acevedo.

As suspeitas de irregularidade derivam do fato de que não há dados sobre os rendimentos do montante entre 1993 e 2001, embora Kirchner tenha recebido como parte do pagamento do governo argentino ações da YPF que valiam 19 pesos em 1993 e 44,78 em 1999, quando foram vendidas.

O presidente diz que a diferença foi incorporada para gastos do Orçamento de Santa Cruz. O governo não comentou a reportagem.

A nova denúncia veio à tona duas semanas após a renúncia de Felisa Miceli, que enfrenta processo judicial e já sofreu embargo de 200 mil pesos (US$ 63.500), e em meio a outros dois processos judiciais envolvendo funcionários do governo: a ministra da Defesa, Nilda Garré, foi indiciada por suspeitas de contrabando de peças de armas; e a secretária do Meio Ambiente, Romina Picolotti, enfrenta acusações de nepotismo.

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