Fabiola Yañez, ex primeira-dama da Argentina, concedeu uma entrevista ao portal argentino Infobae neste domingo (11) onde falou pela primeira vez sobre a violência doméstica que sofreu de Alberto Fernández.
Durante a entrevista, Yañez comentou sobre a falta de apoio que recebeu quando estava sendo submetida aos abusos e a agressões de Fernández, mesmo de instituições do então governo do peronista, como o Ministério da Mulher.
A ex-primeira-dama disse que chegou a pedir ajuda tanto ao Ministério da Mulher quanto a outras figuras políticas, mas nunca obteve a assistência necessária.
Yañez também falou sobre as fotos que foram divulgadas e lamentou a circulação delas pela internet, dizendo que não sabe como elas vazaram, já que estavam sendo guardadas apenas como provas para o processo contra Fernández.
“[...] Eu jamais teria querido que saísse uma foto assim minha. Que mulher quer se ver em todos os programas de televisão e na mídia do mundo assim? Não entendo como filtraram os chats”, disse.
A ex-primeira-dama mencionou as diversas formas de violência que sofreu. Além da violência física, ela disse que foi vítima do "terrorismo psicológico" por parte de Fernández, que ficava ameaçando se suicidar.
Yañez também contou que o ambiente de trabalho como primeira-dama e a vida na residência oficial da presidência argentina foram marcados por um controle excessivo e abuso emocional, além de infidelidades por parte de Fernández, que foram expostas por meio de seu telefone.
Na entrevista, Yañez, que está morando em Madri, na Espanha, disse que ainda teme pela sua segurança e que recentemente colocaram inibidores em seu carro para que ele não ligasse. “Tenho que me resguardar, tenho medo”, disse ela.
“[...] Colocaram inibidores para que eu não pudesse sair de casa. Inibidores que faziam o carro desligar”, afirmou, acrescentando que “a justiça terá que investigar porque eu não sei por que isso aconteceu”.
Fernández, que nega as agressões, chegou a dizer neste domingo que os hematomas presentes no braço e rosto de sua ex-esposa eram resultados de procedimentos estéticos para rugas. O esquerdista atualmente está proibido de se aproximar de Yañez e também não pode sair da Argentina.
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