Um dia depois de uma derrota histórica no Parlamento, a primeira-ministra britânica, Theresa May, sobreviveu nesta quarta-feira (16) a um voto de desconfiança na mesma Câmara, com pequena margem. Votaram a favor do seu governo 325 parlamentares; 306 apoiaram a sua saída - uma diferença de 19 votos.
Logo após o anúncio do resultado da votação, May anunciou que quer iniciar as conversas com os líderes dos partidos de oposição esta noite para a elaboração de um acordo alternativo para o Brexit. Em seguida, o líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, afirmou que não vai conversar com May até que ela descarte um Brexit sem acordo.
Em seu pronunciamento, May afirmou que estava “satisfeita por essa Câmara ter expressado confiança no governo nesta noite”.
“Continuaremos também a trabalhar na promessa solene que fizemos ao povo deste país de cumprir o resultado do referendo e deixar a União Europeia”, acrescentou.
O vice-líder do Partido Trabalhista, Tom Watson, fez um discurso muito duro criticando Theresa May, diante dela, momentos antes da votação. "Não há dúvidas sobre sua determinação, que geralmente é uma qualidade admirável, mas quando mal empregada pode ser tóxica", afirmou Watson.
“[May] não tem imaginação e agilidade para levar as pessoas com ela. Ela não tem a autoridade no cenário mundial para negociar esse acordo. Em última análise, ela falhou”, disse Watson.
O acordo negociado por Theresa May e fechado com a União Europeia para a saída do Reino Unido do bloco foi rejeitado no Parlamento por ampla margem: 432 parlamentares votaram contra o acordo e 202 a favor - a maior derrota do governo no Parlamento britânico na história.
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Em dezembro passado, a primeira-ministra sobreviveu a uma moção de desconfiança em sua liderança proposta pelo seu partido, por 200 votos a 117.
Por que May passou por um voto de não confiança?
Imediatamente após o resultado da votação do seu acordo para o Brexit no Parlamento, nesta terça-feira (15), Theresa May afirmou que, por causa da escala e da importância da derrota, daria tempo para uma moção de não confiança, caso fosse apresentada por algum dos partidos de oposição. Em seguida, o líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, confirmou a apresentação dessa moção.
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