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Destróier anti-submarino russo Almirante Chabanenko nas águas da Nicarágua | Miguel Alvarez / Reuters
Destróier anti-submarino russo Almirante Chabanenko nas águas da Nicarágua| Foto: Miguel Alvarez / Reuters

As Forças Armadas da Rússia afirmaram nesta segunda-feira (15) que um grupo de navios militares do país estará em Cuba pela primeira vez desde o fim da União Soviética, no fim dos anos 80. A frota, vista como mais um capítulo do crescimento das tensões entre Moscou e Washington, ancorará em Havana no dia 19 deste mês, permanecendo em águas cubanas até 23. Cuba foi cenário da Crise dos Mísseis, em 1962, que quase levou americanos e soviéticos à guerra.

O giro da Marinha russa por águas próximas dos EUA já passou por Venezuela, onde foram realizados exercícios militares no Mar do Caribe, e pela Nicarágua, países em que a esquerda tem grande força. Recentemente, o presidente russo, Dmitry Medvedev, reuniu-se com líderes cubanos - entre eles, Fidel Castro - no que chamou de uma forma de reviver as "relações privilegiadas" da era soviética.

A passagem das embarcações pela área de influência americana é considerada uma resposta à estratégia de Washington de se aproximar da esfera que estava sob influência dos soviéticos durante a antiga Guerra Fria, incluindo os países às margens do Mar Negro.

Entre os pontos mais polêmicos das relações entre russos e americanos está a questão do escudo antimísseis que os EUA querem erguer no Leste Europeu. Os destinos mais prováveis são a Polônia e a República Tcheca. Como resposta, o governo russo já ameaçou direcionar mísseis para a região.

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