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Os talibãs deram um novo prazo para que o governo do Afeganistão aceite libertar vários insurgentes presos em troca dos 21 sul-coreanos seqüestrados, caso contrário "serão executados mais reféns". O prazo agora vai até as 4h30 (de Brasília) de quarta-feira (1º).

"A delegação do governo nos pediu mais tempo, portanto damos até as 12h (locais) de amanhã (quarta-feira). Assim, Cabul e Seul terão tempo para nos dar uma resposta", disse por telefone o porta-voz talibã Youssef Ahmadi. "Se não resolverem o assunto no prazo marcado, serão executados mais reféns", completou.

Os seqüestradores anunciaram na noite de segunda a execução, a de Shin Sung-min, de 29 anos. Na quarta-feira, já haviam assassinado Bae Hyung-kyu, de 42 anos. Segundo os talibãs, a execução aconteceu porque o governo não respondeu "positivamente" à reivindicação de libertar oito insurgentes talibãs em troca dos sul-coreanos, capturados no dia 19 na província de Ghazni.

O porta-voz presidencial afegão, Humayun Hamidzada, afirmou nesta terça-feira que o governo está levando em conta a "perspectiva humanitária" do assunto e fará "o possível" para conseguir a libertação dos 21 reféns ainda vivos, entre eles 18 mulheres. Em abril, Cabul sofreu duras críticas por ter libertado cinco prisioneiros talibãs em troca do jornalista italiano Daniele Mastrogiacomo, que tinha sido seqüestrado por um grupo insurgente.

O presidente afegão, Hamid Karzai, alegou então que a libertação de presos em troca de reféns não se repetiria. O porta-voz presidencial insistiu nesta terça-feira (31) que os seqüestros não podem se transformar numa "indústria" no Afeganistão. "Se continuarmos atendendo às exigências dos terroristas, enfrentaremos mais problemas", afirmou.

Os ministros de Relações Exteriores da Coréia do Sul, China, Japão e dos membros da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) exigiram hoje a imediata libertação dos reféns. Os chefes da diplomacia dos 13 países fizeram o apelo durante uma reunião em Manila, depois da localização do corpo de Shing.

"Exigimos a imediata e incondicional libertação dos reféns sul-coreanos", disse o chanceler filipino, Alberto Romulo, em nome da Coréia do Sul, China, Japão e Asean, formada por Brunei, Birmânia (Mianmar), Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Cingapura, Tailândia e Vietnã.

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