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Chineses da etnia uigur entraram em confronto com policiais armados nesta terça-feira, num novo protesto na província de Xinjiang, no oeste do país, onde no fim de semana pelo menos 156 pessoas morreram e mais de 1.400 ficaram feridas no pior conflito étnico ocorrido na China em décadas.

A maioria dos cerca de 200 manifestantes desta terça eram mulheres que protestavam contra a prisão de seus maridos, na violenta repressão das autoridades chinesas contra os membros da minoria muçulmana na capital da província. O incidente ocorreu na frente dos jornalistas que foram a Urumqi para ver o rescaldo dos protestos de domingo, quando centenas de veículos e lojas foram atacados.

As mulheres, vestindo turbantes floridos, bloquearam uma estrada. Algumas choravam pela prisão de seus maridos e filhos. O protesto de 90 minutos terminou quando as mulheres recuaram para dentro de um mercado, sem encontrar resistência, enquanto os policiais procuravam afastar os jornalistas.

A nova manifestação ocorreu depois de a mídia estatal ter informado que a polícia prendeu 1.434 suspeitos de participação no protesto de domingo. As autoridades chinesas confirmaram que, para conter a violência, interromperam o acesso à internet em algumas áreas da província.

Os protestos em Urumqi começaram no domingo depois que mil a 3 mil pessoas se reuniram na Praça do Povo para se manifestar contra a morte de 25 operários uigures em junho, durante a repressão a outro motim, no sul da China. Muitos uigures não têm sido beneficiados pelo rápido desenvolvimento econômico. Alguns querem independência, ao passo que outros se sentem marginalizados em sua própria terra. A etnia majoritária Han vem migrando em grande número para Xinjiang à medida que a província se desenvolve.

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