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A Força Aérea dos EUA conduziu teste com o novo caça F-35A na base aérea de Hill, Utah, 6 de janeiro de 2020
A Força Aérea dos EUA conduziu teste com o novo caça F-35A na base aérea de Hill, Utah, 6 de janeiro de 2020| Foto: R. Nial Bradshaw / U.S. Air Force

Os EUA conduziram seu primeiro exercício em massa com o novo caça F-35A, lançando 52 deles de sua base em Utah, segundo informou a unidade 388ª Ala de Caça da força aérea. A força aérea americana, porém, defendeu a tese de que foi uma coincidência o fato de o número de aeronaves apresentadas ser o mesmo dos alvos citados pelo presidente do país, Donald Trump, em sua ameaça de ataque ao Irã - ele disse que tinha mapeado 52 pontos iranianos, incluindo de seu patrimônio cultural.

"Assim como o momento, o número é uma coincidência. Esse é o máximo (de aviões) que podemos colocar no ar", disse o porta-voz da força aérea de Hill, Micah Garbarino, segundo o jornal britânico The Guardian. Ele explicou que o exercício vinha sendo planejado há meses.

O último F-35A Lightning foi entregue em dezembro, quatro anos após o lançamento do primeiro modelo. Os novos jatos elevaram a 78 o número de aeronaves da força ativa das Alas 388 e 419.

De acordo com o Guardian, dos três esquadrões ativos, um está em operação no Oriente Médio - e dois deles estacionados em Utah, que participaram do exercício em massa conhecido na força aérea pelo termo "caminhada de elefante".

A base conduziu os voos de testes por mais de dez minutos na manhã de segunda-feira, como anunciou a Ala 388. O exercício representa a conquista da capacidade total de combate do F-35, considerado o programa militar mais caro já desenvolvido, marcado por controvérsias, questões técnicas e excedentes de custos.

O F-35A é uma versão convencional de decolagem e pouso do avião. O plano dos EUA é desenvolver mais de 2,6 mil aviões entre agora e 2037.

Trump: Estamos preparados para qualquer retaliação do Irã

O presidente Donald Trump disse nesta terça-feira que os americanos estão "preparados para qualquer retaliação do Irã" e que o país persa "deve sofrer as consequências" se atacar os EUA.

"Nós salvamos muitas vidas", afirmou o líder da Casa Branca, em referência à operação americana no Iraque que matou o general Qasem Suleimani na semana passada. O líder militar iraniano comandava as Forças Quds, da Guarda Revolucionária do Irã, e sua morte elevou a tensão entre Washington e Teerã. Segundo Trump, o Irã estava "planejando algo" e o Congresso americano saberá dos detalhes em breve.

Em conversa com repórteres na Casa Branca, o republicano também disse que "em algum momento as tropas americanas devem deixar o Iraque, mas não agora". Trump afirmou desconhecer uma carta enviada por engano ontem a autoridades iraquianas. O documento dizia que os EUA estavam "reposicionando forças" para sair de solo iraquiano, mas a ação foi negada posteriormente pelo secretário de defesa americano, Mark Esper.

De acordo com Trump, os EUA só aplicarão sanções econômicas ao Iraque se não forem "tratados com respeito". Hoje, o primeiro-ministro do país, Adel Abdul-Mahdi, disse que os americanos não têm alternativa e devem retirar suas tropas do país.

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