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Manifestantes se reuniam nesta sexta-feira (28) no Egito em uma demonstração de apoio ao presidente islamita Mohammed Mursi, cujo governo faz aniversário de um ano no domingo (30).

O protesto expõe a polarização política no país, conforme é esperado que multidões tomem as ruas no final de semana para pedir a saída de Mursi, após meses de insatisfação popular.

Houve uma série de manifestações durante a semana, com três mortos na quarta-feira após embates em Mansoura, na região do Delta.

A oposição diz ter reunido 15 milhões de assinaturas em uma petição pelo fim do governo de Mursi. O número não é verificável. Milhões são esperados para os protestos de amanhã, com chamados para uma nova revolução.

O Exército do Egito, por sua vez, alertou que irá intervir caso haja violência nos próximos dias.

Foi nas ruas do país que, em 2011, manifestantes egípcios derrubaram o regime do ex-ditador Hosni Mubarak.

A chegada de Mursi ao poder, porém, descontentou parte dos revolucionários. Eles apontam que, vindo da Irmandade Muçulmana, o presidente favorece islamitas no governo e leva o país de volta ao autoritarismo.

Para os aliados de Mursi, os desafios que o país enfrenta hoje -corrupção, economia em crise e conflitos sectários- foram herdados do regime de Mubarak e, portanto, não podem ser vistos como consequência do mandato do islamita.

O governo em mais de uma ocasião apontou que, diante do descontentamento, a oposição deveria reunir uma sigla e disputar assentos no Parlamento, no que seria a via democrática para a crise política.

A coalizão Frente de Salvação Nacional, porém, se recusa a dialogar com o governo e pede que as eleições presidenciais sejam antecipadas.

Diante do temor de nova onda de violência, moradores do Cairo estão estocando comida. Lojas devem permanecer fechadas no final de semana, apesar de o domingo ser um dia útil no país.

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