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A chanceler de Israel, Tzipi Livni, fez na sexta-feira um apelo pela unidade da bancada parlamentar do seu partido Kadima, para cuja liderança ela foi eleita numa apertada votação na quarta-feira. Agora, ela tenta formar uma coalizão para governar o país.

"Precisamos agir rapidamente. Não temos tempo a perder nos desentendendo sobre a política", disse ela a deputados na primeira reunião realizada na sede do Kadima, em Tel Aviv, desde a vitória dela sobre o ex-general Shaul Mofaz.

Ela disse que é preciso agilidade "porque há difíceis desafios para nós como nação, e o Kadima é o partido que está governando o país, e vamos continuar a fazê-lo por muitos anos".

Mofaz, que perdeu a disputa interna por cerca de 400 votos (pouco mais de 1 ponto percentual) não participou do evento. Durante a tensa apuração de quarta-feira, alguns assessores dele se queixaram de irregularidades, mas o ex-militar acabou reconhecendo a derrota.

Livni disse que agora o partido tem de se unir. "O Kadima precisa ficar unido, e lamento que Shaul Mofaz tenha decidido não estar conosco aqui hoje".

A divisão dentro do partido, criado há três anos, pode dificultar a montagem de um novo gabinete que substituirá o de Ehud Olmert, que decidiu renunciar devido às suspeitas de corrupção que sofre.

Mofaz surpreendeu o mundo político ao anunciar que estava "dando um tempo" da política. Alguns analistas disseram que a disputa partidária reproduziu e agravou uma tensão étnica existente entre os judeus de Israel --antepondo a elite ashkenazita (de origem européia, da qual Livni faz parte) aos sefaraditas (da Península Ibérica e Oriente Médio, como Mofaz, nascido no Irã). Nunca um sefaradita governou Israel.

Seguidores de Livni minimizaram a divisão interna do partido, dizendo que muitos simpatizantes de Mofaz demonstraram unidade ao participar da reunião com a chanceler em Tel Aviv.

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