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Convênios

Criação da petrolífera binacional Petroandina, cujo primeiro projeto será investir US$ 600 milhões na exploração de combustíveis em solo boliviano. A Bolívia ficará com 60% do capital acionário da empresa, e a Venezuela 40%.

Convênio entre a BolíVia e a Argentina para a realização de estudos de pré-investimento e construção de uma usina de extração de líquidos associados ao gás natural. A usina será instalada na província de Gran Chaco, no departamento de Tarija. O acordo inclui ainda um crédito argentino no valor de US$ 450 milhões.

Tarija, Bolívia – Os Governos de Bolívia, Argentina e Venezuela ampliaram ontem sua rede de acordos energéticos, e lançaram duras advertências às petrolíferas que não contribuírem com investimentos para o aumento da produção boliviana.

Os presidentes Evo Morales (Bolívia), Néstor Kirchner (Argentina) e Hugo Chávez (Venezuela) assinaram uma declaração na qual anunciam o aumento da integração energética, ao fim de uma reunião na cidade de Tarija (sul da Bolívia).

Kirchner e Morales mandaram um recado para as transnacionais que não realizarem investimentos para o desenvolvimento dos campos de gás da Bolívia, situados na fronteira com a Argentina. Esses investimentos são necessários para garantir o fornecimento de gás ao mercado argentino.

No sul da Bolívia, onde estão 85% dos 48,7 trilhões de pés cúbicos de gás do país, operam a Petrobrás, a hispano-argentina Repsol YPF, a franco-belga TotalFinalElf, e as inglesas British Gas e British Petroleum.

Segundo Kirchner, basta uma ligação de Morales para que a Argentina passe a investir nos campos, caso as empresas atualmente presentes não o façam. "Querido Evo: se essas empresas não cumprirem o que têm que cumprir, seja a Petrobrás, a Repsol ou quem quer que seja, pegue o telefone, que os argentinos virão imediatamente para investir contigo, e gerar a produção de que necessita", disse Kirchner.

A Petrobrás opera os campos de San Antonio e San Alberto, de onde exporta gás para o Brasil e a Argentina. As petrolíferas interromperam seus investimentos na Bolívia devido ao clima de instabilidade política dos últimos anos, e à nacionalização dos hidrocarbonetos decretada por Morales em maio do ano passado.

Kirchner disse que não fazia sua promessa a Morales "em tom ameaçador", mas para garantir o abastecimento do futuro Gasoduto do Nordeste Argentino (GNA), que qualificou como "o primeiro passo" do Gasoduto do Sul, promovido por Chávez.

"Este será o verdadeiro motor de desenvolvimento de nossos povos", disse.

O projeto do Gasoduto do Sul enfrenta críticas financeiras, técnicas e ecológicas, pois atravessará a Amazônia. Segundo analistas, o Brasil perdeu o interesse na obra. O Gasoduto do Sul pretende levar o combustível da Venezuela até os mercados argentino e brasileiro, que atualmente dependem da Bolívia.

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