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Julian Assange, na Embaixada do Equador em Londres | Foto: Justin TALLIS/AFP
Julian Assange, na Embaixada do Equador em Londres | Foto: Justin TALLIS/AFP| Foto: AFP

Os promotores públicos do Distrito Leste da Virgínia, EUA acusaram o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, de promover uma conspiração para invadir computadores do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, em 2010.

Segundo a acusação, apresentada horas depois da sua prisão nesta quinta-feira (11), Assange teria concordado em ajudar a analista de inteligência do exército Chelsea Manning a "quebrar" uma senha para acessar a rede de computadores do departamento. Isso teria permitido que Manning conseguisse entrar no sistema com um nome de usuário que não era o dela, mas os promotores não apresentaram evidências de que essa invasão tenha acontecido alguma vez.

Mesmo antes dessas interações, Manning havia dado ao Wikileaks centenas de milhares de registros confidenciais, alegam os promotores. O material incluía quatro bancos de dados quase completos, abrangendo 90 mil relatórios da guerra no Afeganistão, 400 mil relatórios da Guerra do Iraque e 250 mil telegramas do Departamento de Estado.

Manning disse a Assange em um bate-papo em 8 de março de 2010 que ela estava "jogando tudo" que ela tinha dos relatórios de detentos de Guantánamo para ele, de acordo com a acusação.

Manning então pediu ajuda a Assange para decifrar uma senha para que ela pudesse fazer logon anonimamente em um computador classificado.

Barry Pollack, um advogado que representa Assange nos Estados Unidos, disse que seu cliente simplesmente trabalhou para divulgar notícias através do Wikileaks.

"As alegações factuais contra Assange se resumem a encorajar uma fonte a fornecer-lhe informações e tomar medidas para proteger a identificação dessa fonte", disse Pollack. "Jornalistas de todo o mundo devem se sentir profundamente incomodados com essas acusações criminais sem precedentes."

Antes das eleições de 2016, o Wikileaks divulgou dezenas de milhares de e-mails que haviam sido roubados do Comitê Nacional Democrata e do presidente da campanha de Hillary Clinton, John Podesta, em ciberataques que oficiais da inteligência americana concluíram serem orquestrados pelo governo russo. Oficiais da inteligência militar russa acusados ​​pelo procurador especial Robert S. Mueller discutiram o momento das divulgações com o WikiLeaks, de acordo com uma acusação, "para aumentar seu impacto sobre a eleição presidencial de 2016".

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