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O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, enquanto é levado pela polícia britânica para um tribunal em Londres, 11 de abril
O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, enquanto é levado pela polícia britânica para um tribunal em Londres, 11 de abril| Foto: AFP

A rede de televisão americana CNN afirmou nesta segunda-feira (15) que obteve documentos que revelam que o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, recebeu pessoalmente entregas de materiais possivelmente hackeados relacionados às eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2016, em uma série de encontros com russos e hackers na embaixada do Equador em Londres.

O procurador especial Robert Mueller, encarregado da investigação sobre a influência de Moscou nas eleições americanas, havia levantado a possibilidade de que entregadores levavam arquivos hackeados para Assange na embaixada. Os relatórios de vigilância também descrevem como Assange transformou a embaixada em um centro de comando e de lá orquestrou uma série de revelações que impactaram a disputa presidencial de 2016 nos Estados Unidos, segundo a CNN.

Os detalhes de encontros de Assange, enquanto estava confinado na embaixada, com russos e com hackers renomados, em momentos críticos nos meses que antecederam as eleições estão descritos em centenas de relatórios de vigilância compilados para o governo equatoriano pela UC Global, uma empresa privada de segurança da Espanha, a que a CNN teve acesso.

Assange, que é australiano, sempre negou ter trabalhado para o Kremlin e insistiu que a fonte dos vazamentos "não é o governo russo e não é um agente do Estado". Ele também já afirmou que teria publicado informações que comprometessem o então candidato Donald Trump, caso tivesse recebido esse tipo de material.

O WikiLeaks publicou mais de 20 mil arquivos internos do Comitê Nacional Democrata em outubro de 2016, além de e-mails do chefe de campanha da democrata Hillary Clinton e novos conjuntos de arquivos praticamente todos os dias até a realização da eleição, em novembro.

Assange não foi acusado de nenhum crime relacionado às suas ações de 2016. Ele está em uma prisão no Reino Unido, enquanto aguarda a decisão sobre a sua extradição para os EUA, onde pode enfrentar prisão perpétua.

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