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Um ataque aéreo contra dois caminhões-tanque que haviam sido sequestrados pelos militantes do Taleban matou mais de 70 pessoas no norte do Afeganistão, incluindo dentre elas insurgentes e civis que haviam se aproximado para pegar combustível.

Os dois caminhões tinham sido tomados pelos militantes por volta da meia-noite (hora local) perto do vilarejo de Omar Khel, na província de Kunduz, segundo informações do chefe de polícia Gulam Mohyuddin.

Ele disse que as forças da Otan lançaram o ataque aéreo quando os membros do Taleban pararam os caminhões na passagem de um rio A Alemanha, responsável pela segurança na região de Kunduz, disse que cerca de 50 combatentes foram mortos e que acreditava que não havia civis na área no momento do ataque aéreo. Mas o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Anders Fogh Rasmussen, reconheceu que alguns civis podem ter morrido.

Entre as vítimas havia pessoas que estariam recebendo combustível distribuído pelos militantes. O governador de Kunduz, Mohammad Omar, disse que 72 pessoas morreram e 15 ficaram feridas. Ele disse que cerca de 30 dos mortos foram identificados como insurgentes, dentre eles quatro chechenos e um comandante local do Taleban. Os demais eram provavelmente combatentes ou seus parentes, disse ele.

Muitos dos corpos ficaram tão queimados que não podem ser reconhecidos e os moradores locais os estão enterrando em valas comuns.

"Abdur Rahman é um homem muito perigoso", afirmou o governador. "Eu espero que a morte dele terá um efeito positivo na cidade de Kunduz."

Funcionários apontaram que pelo menos 12 pessoas estavam hospitalizadas após o ataque. Segundo Omar, a maioria dos corpos estava com muitas queimaduras. O sequestro de caminhões é mais um sinal da piora da situação de segurança no Afeganistão.

Civis

O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, reafirmou nesta sexta-feira que ataques com mortes de civis são "inaceitáveis". Karzai declarou estar "profundamente entristecido" pela ação em Kunduz e ordenou uma investigação.

O Exército da Alemanha afirmou estar confiante de que as vítimas do ataque eram membros do Taleban, e não civis. Segundo os militares alemães, há informações sobre mais de 50 militantes mortos na ofensiva.

O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, defendeu a operação de seu país no Afeganistão. Brown defendeu que um Afeganistão mais seguro significará uma Grã-Bretanha mais segura. Ele notou ainda, em palestra em Londres, que outros países devem "assumir sua parcela de responsabilidade" pela segurança, sem citar nomes

Em outro incidente, a França informou que um soldado do país foi morto em território afegão. Segundo o presidente Nicolas Sarkozy, um militar foi morto e outros nove ficaram feridos, na explosão de uma bomba em Showki, ao norte de Cabul.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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