Pelo menos 175 pessoas morreram e outras 200 ficaram feridas nesta terça-feira em uma série de atentados suicidas coordenados na cidade de Kahtaniya, a oeste de Mosul, no Norte do Iraque, informou o Exército iraquiano. Segundo as primeiras informações, teriam sido usados três caminhões de combustível nos ataques contra a comunidade da seita milenar yazidi, grupo minoritário que vive na região.
O Norte do Iraque, de maioria curda, concentra grandes reservas de petróleo e era uma das áreas mais resistentes ao governo sunita de Saddam Hussein.
Seita pré-islamismo
Os yazidis são membros de um grupo curdo pré-islâmico e vivem no Norte do Iraque, na Armênia, na Síria, no Irã, na Turquia e em outros países. Há, ainda, refugiados vivendo nos EUA e na Alemanha. No Iraque, eles enfrentam discriminação porque o principal anjo que veneram como manifestação de Deus é freqüentemente identificado na terminologia bíblica como Satã, o anjo caído.
Os yazidis dizem ter sofrido massacres durante o regime de Saddam.
Em abril, 23 operários yazidis de uma fábrica de Mosul foram mortos, em uma aparente retaliação pelo apedrejamento, semanas antes, de uma adolescente yazidi.
De acordo com a polícia, a jovem fora morta pelos próprios yazidis porque se apaixonara por um muçulmano e se convertera ao Islã. TVs do mundo todo mostraram as terríveis cenas da morte da adolescente.
Em outro incidente na terça-feira, cinco militares dos EUA foram mortos na queda de um helicóptero CH-47 Chinook, durante um vôo de rotina perto do quartel Al Taqaddum, na região de Falluja, 50 quilômetros a oeste de Bagdá.
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