Sete países da União Europeia emitiram uma declaração conjunta pedindo que o regime de Nicolás Maduro publique as atas de votação de 28 de julho. Liderada pela Itália e pela França, a iniciativa buscaria reforçar a demanda por transparência e integridade do processo eleitoral.
As eleições foram marcadas por acusações de fraude e repressão. A oposição apresentou várias evidências de que o vencedor foi Edmundo Gonzáles, adversário do ditador venezuelano.
Itália, França, Espanha, Alemanha, Países Baixos, Polônia e Portugal assinaram o comunicado, que condena qualquer forma de detenção ou ameaça contra os líderes políticos e aumenta a pressão sobre o regime chavista. Os países ainda destacam a necessidade de respeitar os direitos de todos os cidadãos, incluindo de protestos pacíficos.
"A oposição indica que recolheu e publicou mais de 80% dos registros de votação de cada colégio eleitoral. Esta verificação é essencial para reconhecer a vontade do povo venezuelano", afirmaram os países.
Países latinos também pediram atas de votação
Do mesmo modo, Brasil, Colômbia e México divulgaram uma nota conjunta na quinta-feira (1º) pedindo a divulgação das atas de votação na Venezuela.
Representante da União Europeia para Assuntos Exteriores, Josep Borrell reforçou a posição europeia. Ele criticou o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) por declarar a vitória de Maduro com base em um resultado parcial e não verificável, sem auditoria independente.
Além disso, Borrell destaca a necessidade de uma contagem completa e independente.
Até este momento, a ONG Foro Penal identificou 939 prisões, incluindo 90 adolescentes. Também há a informação de que pelo menos 11 civis morreram, além de um militar.
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