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Um suicida do Taleban detonou explosivos nesta quarta-feira (2) durante uma visita do vice-chefe de inteligência do país, Abdullah Laghmani, a uma mesquita na província de Laghman, a 100 quilômetros a leste de Cabul, matando a autoridade e outras 22 pessoas. A explosão em meio a uma multidão ocorreu no momento em que os funcionários deixavam a principal mesquita de Mehterlam. Dois altos funcionários provinciais também morreram e vários veículos oficiais foram destruídos. O atentado foi mais uma mostra da capacidade do grupo militante para realizar ataques contra alvos importantes.

Um porta-voz do Taleban informou que o suicida caminhou até Laghmani, o vice-chefe do Diretório Nacional do Afeganistão para Segurança, e detonou os explosivos. O Diretório Nacional de Segurança é comandado por um tajique étnico e a morte de Laghmani, um pashtun, pode piorar as tensões no país. No momento o Afeganistão espera o resultado da eleição presidencial de 20 de agosto. Com aproximadamente metade dos votos apurados, o presidente Hamid Karzai, um pashtun, está à frente de Abdullah Abdullah, visto como um candidato tajique.

O Taleban é formado por pashtuns. O fato de o grupo se voltar contra uma autoridade da mesma etnia pode ser também mais uma advertência para que os afegãos não assumam postos no governo. A explosão matou Laghmani, o diretor executivo do escritório do governador provincial local, o chefe do conselho provincial, dois guarda-costas de Laghmani e 18 civis, disse um porta-voz da administração local.

Os ataques do Taleban aumentaram nos últimos três anos e o grupo agora controla grandes porções do território afegão. Neste ano, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, enviou mais 21 mil soldados ao país. O mandatário norte-americano pode inclusive pedir mais tropas, mas há divergência na opinião pública e entre os congressistas quanto à possível medida.

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