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Homens-bombas armados com metralhadoras deixaram pelo menos 19 mortos e 35 feridos nesta quinta-feira em ataques a prédios públicos na província de Uruzgan, no sul do Afeganistão, segundo autoridades.

Foi o mais violento atentado no sul do Afeganistão - reduto do Taliban - desde fevereiro. O incidente ocorre logo depois dos assassinatos de uma série de poderosos líderes regionais, inclusive um ex-governador de Uruzgan abatido a tiros neste mês na sua casa em Cabul.

Até seis homens-bomba invadiram a sede do governo provincial e da polícia em Tirin Kot, capital de Uruzgan, segundo Sedir Sediqqi, porta-voz do governo afegão. Três deles detonaram seus explosivos, e os demais travaram um tiroteio com policiais, segundo essa fonte.

Uruzgan é uma província montanhosa, quase toda rural, ao norte de Kandahar, com a qual tem muitos vínculos culturais e tribais. O Taliban tem uma presença tradicional na região.

Khan Agha Nehakhil, secretário da Saúde de Uruzgan, disse que entre os mortos há membros das forças de segurança e civis, incluindo um jornalista de 25 anos que trabalhava para uma agência afegã de notícias e para a BBC.

Outras 37 pessoas ficaram feridas. Nehakhil antes havia citado um número ligeiramente menor.

O Taliban assumiu a autoria do ataque, e seu porta-voz Qari Yousuf Ahmadi disse que seis militantes estiveram envolvidos.

O engenheiro Farid, chefe do canal regional da TV estatal, disse ter ouvido uma explosão dentro da sede da emissora, e relatou que dois homens-bomba entraram no prédio, que fica a cerca de cem metros do prédio do governo.

Danish Karokhil, editor-chefe da Agência de Notícias Pajhwok, disse que seu repórter Omid Khpalwak tinha ido à sede da TV local marcar uma entrevista quando foi morto. "Ele ficou retido lá por três horas e não conseguiu escapar da batalha, disse.

Na quarta-feira, um homem-bomba havia matado o prefeito de Kandahar, ampliando a preocupação com a instabilidade no sul do país.

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