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Propaganda da revolução em Santiago de Cuba, cidade-palco das comemorações da conquista comunista | Rodrigo Arangua/AFP
Propaganda da revolução em Santiago de Cuba, cidade-palco das comemorações da conquista comunista| Foto: Rodrigo Arangua/AFP

Em nota, Fidel felicita a população

O líder cubano Fidel Castro felicitou ontem os cubanos pelo aniversário da Revolução que o colocou no poder há 50 anos.

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Cinquenta anos após os triunfantes guerrilheiros descerem das montanhas no Leste de Cuba e avançarem sobre Havana, marcando a vitória da Revolução, Cuba comemorou ontem o aniversário do movimento de uma maneira comedida, após o país ter sido atingido, no final do ano passado, por três devastadores furacões. As austeras celebrações, que incluíram danças e concertos ao redor da ilha, marcaram o início de um 2009 com possibilidades de aumento do turismo e medidas do governo que talvez mitiguem o duro cotidiano da população. A data também foi comemorada em Caracas, pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e em La Paz, seu congênere boliviano Evo Morales lembrou a conquista dos guerrilheiros liderados por Fidel Castro.

Muitos em Cuba esperam por melhores relações com os Estados Unidos, a partir de 20 de janeiro, quando o presidente eleito dos EUA, Barack Obama, tomará posse. Os cubanos nutrem essa esperança por causa das declarações de Obama, de que manterá conversações diretas com o presidente cubano Raúl Castro.

"Eu espero que ele acabe com o bloqueio", disse Ana Luísa, na véspera do ano-novo, se referindo ao embargo econômico dos EUA a Cuba que dura desde 1962.

"Nós temos muitas esperanças de que com Obama nossos parentes poderão nos visitar e nos mandar mais dinheiro", ela disse, enquanto fazia compras no mercado Cuatro Caminos de Havana.

O presidente Raúl Castro, que sucedeu a seu irmão Fidel em fevereiro de 2008, após o antigo líder ter se afastado por uma enfermidade, faria um discurso às 20 h (hora de Brasília), a partir do mesmo balcão onde seu irmão Fidel declarou a vitória da Revolução sobre o ditador Fulgencio Batista, em 1º de janeiro de 1959. O discurso seria em Santiago de Cuba, segunda maior cidade do país e 600 quilômetros ao leste de Havana.

Não eram esperados líderes estrangeiros para assistir ao discurso e foram enviados convites a 3 mil integrantes do Partido Comunista Cubano. Funcionários do governo planejavam uma festa mais suntuosa, mas desistiram após o governo ter contabilizado os prejuízos de US$ 10 bilhões com a passagem dos três furacões em 2008.

Em Caracas, o presidente venezuelano Hugo Chávez decidiu ontem que a bandeira de Cuba será içada de forma permanente no panteão do prócer da independência venezuelana, Simón Bolívar.

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