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Bagdá - O repórter iraquiano que atirou seus sapatos no então presidente dos Estados Unidos George W. Bush em dezembro do ano passado foi libertado de uma prisão em Bagdá ontem e afirmou ter sido torturado durante o período em que estave no cárcere.

Depois da libertação, Munta­­dhar al-Zeidi partiu de uma base naval iraquiana acompanhado de vários integrantes do Parla­­mento, segundo seu irmão Uday. Na casa de família de Al-Zeidi hou­­ve uma festa para receber o repórter.

Em entrevista coletiva concedida na sede da emissora em que trabalha, o jornalista afirmou: "Os serviços de inteligência dos EUA e seus serviços afiliados não pouparão esforços para me retratar como insurgente revolucionário (...) em uma iniciativa para me matar". Al-Zeidi disse que esses serviços devem usar "to­­dos os meios" para matá-lo ou ao menos liquidá-lo "física, social e profissionalmente".

A atitude do jornalista, que passou seu aniversário de 30 anos na prisão, foi um em­­baraço para o primeiro-mi­­nistro Nuri al-Maliki, que es­­tava ao lado de Bush na entrevista coletiva quando houve a tentativa de sapatada, como protesto pela atuação dos EUA no Iraque. O líder norte-americano esquivou-se dos sapatos, em 14 de dezembro, pouco antes de deixar o posto para Barack Obama.

Ele foi solto três meses an­­tes do previsto por bom comportamento. Segundo o ir­­mão, o repórter viajará até a Grécia, onde será submetido a um check-up e para ficar em maior segurança.

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