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Pessoas usam máscaras cirúrgicas prevenindo-se contra o vírus da nova gripe H1N1 em Buenos Aires: estado de emergência sanitária | Enrique Marcarian / Reuters
Pessoas usam máscaras cirúrgicas prevenindo-se contra o vírus da nova gripe H1N1 em Buenos Aires: estado de emergência sanitária| Foto: Enrique Marcarian / Reuters

Argentina tem entre 43 e 44 mortes por gripe H1N1, diz ministro da Saúde

Os casos fatais da gripe H1N1 na Argentina subiram para entre 43 e 44, dos 26 registrados no último relatório oficial, disse na quarta-feira o novo ministro da Saúde, Juan Manzur.

O país está em terceiro lugar na lista mundial com maior quantidade de mortos pela nova doença e seus principais distritos declararam esta semana emergência sanitária.

"Acredito que há entre 43...44" mortos, disse Manzur durante sua primeira entrevista coletiva.

O governo não divulga um relatório oficial de infectados e mortos desde sexta-feira.

O medo e a precaução apoderava-se dos argentinos nesta quarta-feira (1º) por conta do avanço da nova gripe, um dia depois de as autoridades suspenderem aulas e declararem emergência sanitária nas grandes cidades do país.

O uso de máscaras se multiplicava nas ruas e nos meios de transporte da capital argentina, Buenos Aires, assim como o de álcool em gel utilizado para a higiene das mãos, em uma demonstração do temor pelo vírus que provocou a morte de ao menos 26 pessoas no país.

O medo entre a população aumentou as faltas de trabalhadores nas empresas e de alunos nas escolas, antes mesmo da suspensão das aulas, enquanto famílias cancelam férias e festejos familiares.

As escolas de quase todo país permanecerão fechadas por várias semanas a fim de conter a expansão do vírus, em meio ao inverno no Hemisfério Sul, a temporada de propagação da gripe sazonal que todos os anos provoca centenas de mortes.

"Meu filho tem um aniversário na sexta-feira e não creio que eu o mande, outro aniversário de outro companheiro já foi suspenso", disse à Reuters Rafael, pai de uma criança de 3 anos.

O prefeito de Buenos Aires, Mauricio Macri, declarou na terça-feira emergência sanitária na capital argentina e depois a província de Buenos Aires, a maior e mais populosa do país, fez o mesmo. Ambos os distritos concentram quase 50% da população argentina.

Algumas autoridades foram além e na próspera cidade de Pergamino, 230 quilômetros ao norte de Buenos Aires, o prefeito ordenou o fechamento de escolas, clubes, ginásios, cinemas e teatros e a atividade foi paralisada em casa de jogos, como bingos, e ainda em bares e clubes noturnos.

A declaração de emergência ocorreu dias depois das eleições legislativas nas quais mais de 20 milhões de pessoas votaram.

Graciela Ocaña, ministra da Saúde até segunda-feira, quando renunciou ao cargo, havia recomendado o cancelamento da eleição, segundo autoridades sanitárias.

A última informação sobre a epidemia divulgada pelo governo federal foi na sexta-feira, quando foram registrados 26 mortos e quase 1.600 infectados. O ministro indicado, Juan Luis Manzur, assumirá na quarta-feira, enquanto especialistas recomendam ao governo declarar emergência nacional.

Autoridades das províncias registraram 35 mortes pela gripe, embora elas ainda precisem ser confirmadas pelo Ministério da Saúde.

Depois de México e Estados Unidos, a Argentina é o terceiro país do mundo com a maior quantidade de vítimas fatais provocadas pelo vírus.

"Vemos as pessoas mais precavidas, vêem-se máscaras, algo que antes não existia. Mas a maior falta de pessoas nas ruas é porque há menos turistas", disse o vendedor de jornais Carlos Begez, de 65 anos.

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