O primeiro-ministro da Bélgica, Alexander De Croo, anunciou nesta sexta-feira (12) que autoridades do país vão investigar supostas tentativas de interferência da Rússia na eleição do Parlamento Europeu, que será realizada entre 6 e 9 de junho.
Em entrevista coletiva em Bruxelas, De Croo disse que os serviços de inteligência da Bélgica confirmaram a existência de “redes de interferência pró-Rússia” em vários países europeus, que haviam sido identificadas por uma investigação da República Tcheca. A meta seria “ajudar a eleger mais candidatos pró-Rússia para o Parlamento Europeu”.
“O objetivo é muito claro: o enfraquecimento do apoio europeu à Ucrânia ajuda a Rússia no campo de batalha, e esse é o verdadeiro objetivo do que foi descoberto nas últimas semanas”, afirmou o primeiro-ministro.
“São preocupações muito sérias e é por isso que tomei medidas. Não podemos permitir este tipo de ameaça da Rússia no nosso meio. Precisamos agir, tanto a nível nacional como no âmbito da União Europeia”, apontou De Croo. A Rússia ainda não se pronunciou sobre os comentários do premiê belga.
Desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022, a UE e seus estados-membros disponibilizaram mais de US$ 100 bilhões em assistência financeira, militar e humanitária ao país invadido e a refugiados ucranianos.
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