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Candidato presidencial democrata senador Bernie Sanders| Foto: Mario Tama/Getty Images/AFP

Quatro pontos fracos frequentemente negligenciados do pré-candidato à presidência dos Estados Unidos pelo Partido democrata, senador Bernie Sanders:

1. Outro problema de saúde, mesmo pequeno, terminaria sua campanha. Tentar derrubar um candidato que tenha a maior pluralidade de delegados em uma briga na convenção é uma tarefa extremamente difícil… a menos que esse candidato tenha 78 anos e tenha tido dois incidentes de saúde significativos em um ano. Sanders precisa permanecer visivelmente e indiscutivelmente saudável até a convenção democrata em meados de julho. Se Sanders sofrer algo pior do que um resfriado, ele dará aos superdelegados a desculpa de que precisam: "É claro que todos nós amamos Bernie, mas não podemos correr o risco de nomear alguém que possa sofrer outro ataque cardíaco a qualquer momento".

2. Ele não vai ou não pode variar seu tom emocional. Bernie Sanders é um debatedor notavelmente consistente, o que traz vantagens e desvantagens. Todo mundo sabe quem ele é, o que ele representa e o que ele tentaria fazer se fosse eleito. Mas Sanders praticamente tem um só jeito de agir: gritar sobre as coisas que ele defende ou protesta. Ele não conta histórias emocionantes e empáticas de americanos comuns que conheceu na campanha, ele não conta histórias de épocas mais difíceis no início de sua vida, ele não conta muitas piadas. Ouvimos pouco sobre a esposa Jane Sanders ou seu filho Levi. Ele não parece interessado em adotar um tom mais suave ou humanizador. Talvez isso não seja tão necessário como costumava ser agora que estamos na era Trump. Mas o contraste com, digamos, Barack Obama ou Bill Clinton é impressionante.

3. Ele tem uma grande temática e não está interessado no que não se encaixa nessa temática. James Pethokoukis afirma: “Literalmente, toda explicação de Bernie para todo problema é ganância corporativa. Facilita a execução de políticas econômicas porque você não precisa saber nada sobre políticas econômicas. Ou custos e benefícios. Ou trade-offs. Ou consequências não intencionais. Quando Sanders é levado para longe da desigualdade econômica dos EUA, suas respostas começam a ficar sem sentido ou ele volta aos mesmos temas em diferentes contextos.

Outro exemplo: ele vê o conflito entre xiitas e sunitas como se fossem vizinhos que brigam. "Temos que reunir o Irã e a Arábia Saudita em uma sala, sob a liderança americana, e dizer: 'estamos cansados ​​de gastar grandes quantias de dinheiro e recursos humanos por causa de seus conflitos'". Ele afirma que travamos uma guerra contra o terror através de três administrações para distrair o público: "Guerras sem fim ajudam os poderosos a desviar a atenção da corrupção econômica". O plano de Sanders de lidar com potências autoritárias em ascensão como a Rússia, China é formar "um movimento progressista internacional que se mobilize por trás de uma visão de prosperidade compartilhada, segurança e dignidade para todas as pessoas, e que lide com a enorme desigualdade global que existe, não apenas em riqueza, mas no poder político". Tenho certeza de que um argumento que equivale a "apenas o movimento socialista internacional pode parar a Rússia e a China" soou melhor em sua cabeça.

4. Sua empatia é inteiramente abstrata. Como qualquer grande planejador centralizador, a capacidade de Sanders de simpatizar com "o carinha comum" pode ser ligada e desligada como um interruptor de luz, conforme necessário. Nesta semana, a grande tribuna do trabalhador deixou claro que os que estão atualmente empregados no setor de perfuração e extração de petróleo entenderão que devem ter seus empregos proibidos porque "os cientistas estão nos dizendo que se não agirmos de maneira incrivelmente ousada nos próximos seis, sete anos, haverá danos irreparáveis não apenas em Nevada, não apenas em Vermont ou Massachusetts, mas em todo o mundo". Esses trabalhadores não acreditam nisso e dificilmente aceitarão gentilmente que precisam perder seus empregos e salários para alcançar um bem maior.

*Jim Geraghty é o correspondente político sênior da National Review.

© 2020 National Review. Publicado com permissão. Original em inglês.

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