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Concentração de tropas russas na fronteira ucraniana foi tema central da conversa entre presidentes dos Estados Unidos e da Rússia nesta terça-feira
Concentração de tropas russas na fronteira ucraniana foi tema central da conversa entre presidentes dos Estados Unidos e da Rússia nesta terça-feira| Foto: EFE/EPA/SERGEY GUNEEV/SPUTNIK/KREMLIN

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, avisou nesta terça-feira (7) ao mandatário russo, Vladimir Putin, que se ele atacar novamente a Ucrânia, a resposta americana será mais dura do que em 2014, quando a Rússia invadiu a península ucraniana da Crimeia.

O alerta foi dado pelo assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, após uma cúpula virtual entre Biden e Putin na qual o americano foi “direto e franco” com os russos sobre as medidas que os EUA tomarão se a Rússia realizar uma invasão militar na Ucrânia.

“O presidente Biden olhou nos olhos do presidente Putin hoje e disse que há coisas que não fizemos em 2014 que estamos preparados para fazer agora”, comentou Sullivan em entrevista coletiva após a reunião.

Sullivan se recusou a especificar todas as medidas que os EUA tomariam em tal caso, mas reiterou que a Casa Branca “responderia com fortes medidas econômicas”.

Além disso, os EUA “forneceriam mais material defensivo adicional aos ucranianos” do que atualmente, e “reforçariam os seus aliados da Otan com capacidades adicionais em resposta a uma escalada militar” por parte da Rússia.

O assessor disse que se a Rússia atacar a Ucrânia, como o Ocidente teme, países do Leste Europeu, como Romênia e Polônia, “estarão ainda mais preocupados com a segurança e a integridade territorial dos seus países” e poderão solicitar mais equipamento e “destacamentos adicionais” de tropas dos EUA para a região.

“Responderíamos positivamente a essas coisas no caso de uma invasão (russa) na Ucrânia”, acrescentou Sullivan.

O assessor de Biden disse também que se tal ataque ocorrer, o futuro do gasoduto russo Nord Stream 2, que transportará gás da Rússia para a Alemanha através do fundo do mar Báltico, estaria em jogo, citando conversas com Berlim sobre o assunto.

“Se Vladimir Putin quiser ver o gás passando por esse gasoduto, pode não querer correr o risco de invadir a Ucrânia”, declarou Sullivan.

Segundo o assessor, o fato de ainda não ter gás passando por esse gasoduto é uma “vantagem” para o Ocidente, pressionando a Rússia a não atacar a Ucrânia.

A Casa Branca já elabora um pacote de duras sanções econômicas com parceiros europeus e a própria Ucrânia para dissuadir Putin de um ataque ao território ucraniano, cujas fronteiras concentram entre 70 mil e 94 mil militares russos, de acordo com os serviços secretos dos EUA e de Kiev.

Os EUA acreditam que a Rússia pode atacar ou invadir a Ucrânia com cerca de 175 mil soldados, e Kiev estima que o momento mais provável para uma nova agressão russa seria o final de janeiro de 2022.

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