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Joe Biden, presidente dos EUA, discursa durante Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York, 21 de setembro
Joe Biden, presidente dos EUA, discursa durante Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York, 21 de setembro| Foto: EFE/EPA/EDUARDO MUNOZ / POOL

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta terça-feira, em discurso na Assembleia Geral da ONU, que o país está iniciando uma "nova era de diplomacia", após a retirada das tropas e o fim da guerra no Afeganistão.

"Venho aqui hoje pela primeira vez em vinte anos em que os EUA não estão em guerra. Viramos essa página", afirmou.

Esta foi a primeira vez que o sucessor de Donald Trump falou no encontro de chefes de Estado e governo dos países que integram a organização. Biden garantiu que o mundo está iniciando uma "década decisiva" para o futuro do planeta, que dependerá da capacidade das nações para reconhecer a "humanidade comum" e atuarem unidos.

O discurso do mandatário americano girou em torno da defesa da democracia e do multilateralismo, além do argumento de que o poder militar dos EUA deve ser "o último recurso" e não deve ser utilizado para "solucionar qualquer problema".

"Ao encerrarmos este período de guerra, estamos abrindo uma nova era de diplomacia imparável", disse Biden, ao se referir à recente retirada das tropas internacionais do Afeganistão.

O democrata comentou que o mundo está entrando em uma "década decisiva" e que o futuro do planeta dependerá da capacidade das nações de "reconhecerem a sua humanidade comum" e "agirem em conjunto".

Competição com a China

Biden defendeu a "competição vigorosa" dos EUA com a China, mas garantiu que não está tentando entrar em um conflito com o país. "Não estamos buscando uma nova Guerra Fria, nem um mundo dividido com blocos rígidos", disse o chefe de governo americano, sem mencionar expressamente o país asiático.

Ele disse que os EUA iriam "defender nossos aliados e amigos e se opor a tentativas de países mais fortes de dominar os mais fracos", citando ações como tomadas de território, coerção econômica e desinformação como exemplos de atividades que seriam enfrentadas por seu país.

O presidente americano encerrou seu discurso de mais de 30 minutos com um chamado à comunidade global para a construção de um "futuro melhor".

"O futuro pertencerá àqueles que abraçam a dignidade humana. Não aos que a atropelam. O futuro pertence àqueles que liberam o potencial de seu povo, não àqueles que o sufocam".

Os debates realizados anualmente na Assembleia Geral da ONU tiverm início nesta terça-feira, com cerca de uma centena de líderes internacionais, que estão reunidos em Nova York (EUA), em uma agenda marcada pela pandemia de Covid-19, mudanças climáticas e a crise no Afeganistão.

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