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O democrata Joe Biden deve ser eleito presidente dos Estados Unidos pelo Colégio Eleitoral, segundo resultados das eleições nos estados| Foto: Chandan KHANNA/AFP

O democrata Joe Biden afirmou, em entrevista publicada no New York Times nesta quarta-feira (2), que sua administração não terá intenção de retirar as tarifas comerciais de 25% sobre cerca de metade das exportações chinesas para os EUA, aplicadas pelo governo do presidente Donald Trump. "Não vou tomar nenhuma atitude imediata, e o mesmo se aplica às tarifas", disse. "Não vou prejudicar minhas opções", disse o democrata.

Pelo acordo atual com Pequim, a China compraria US$ 200 bilhões em produtos e serviços americanos em troca de concessões, o que não está sendo honrado. "A melhor estratégia para a China é aquela que coloca todos os nossos aliados de acordo. Será uma grande prioridade para mim, nas primeiras semanas de mandato, tentar nos posicionar de acordo com nossos aliados", declarou o presidente eleito dos EUA.

Sobre o acordo nuclear com o Irã, firmado em 2015 e abandonado por Trump em maio de 2018, Biden disse que tem a intenção de recolocar os EUA no pacto, desde que os iranianos também voltem a cumprir o que foi acertado. "Em conversas com nossos parceiros, vamos negociar novos acordos para fortalecer e estender ao longo do tempo as restrições nucleares ao Irã e seu programa de mísseis", afirmou o democrata.

Além disso, a equipe de Biden gostaria que as negociações subsequentes incluíssem não apenas os signatários originais do acordo – Irã, EUA, Rússia, China, Reino Unido, França, Alemanha e União Europeia –, mas também os vizinhos árabes, particularmente a Arábia Saudita e os Emirados Árabes.

"Se o Irã conseguir uma bomba nuclear, colocará uma enorme pressão sobre os sauditas, Turquia, Egito e outros para obterem armas nucleares", disse o democrata. "E a última coisa de que precisamos naquela parte do mundo é um fortalecimento da capacidade nuclear", afirmou o democrata.

Biden também disse que os EUA não negociarão novos acordos comerciais até que realizem "investimentos significativos" no país e em seus trabalhadores. "Quero ter certeza de que lutaremos com todas as forças investindo primeiro nos EUA", afirmou o democrata, que mencionou energia, biotecnologia, materiais avançados e inteligência artificial como áreas propícias para investimentos governamentais em larga escala.

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