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O presidente dos EUA, Joe Biden, chamou o presidente da Rússia, Vladimir Putin, de assassino| Foto: Eric BARADAT e Pavel Golovkin/AFP

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, qualificou Vladimir Putin, presidente da Rússia, de “assassino” e disse que o líder russo “pagará um preço” por tentar influenciar as eleições presidenciais dos Estados Unidos no ano passado. As declarações foram feitas nesta quarta-feira (17), durante uma entrevista do democrata no programa Good Morning America. Moscou respondeu dizendo que as palavras de Biden são um ataque a toda a Rússia.

"O preço que ele vai pagar, eles verão muito em breve", disse Biden, referindo-se a um relatório de inteligência dos EUA, publicado nesta semana, que alega que Putin autorizou “uma ampla gama” de operações para interferir no processo eleitoral americano a fim de favorecer o então presidente Donald Trump. Depois disso, o apresentador George Stephanopoulos perguntou se Biden acreditava que Putin era um assassino (em inglês ele usava a palavra killer). "Sim, eu acredito", respondeu o presidente dos EUA.

A reação dos russos às declarações de Biden veio logo em seguida. O presidente da Câmara de Deputados da Rússia, Viacheslav Volodin, disse que “Biden insultou os cidadãos de nosso país com sua declaração " e que os ataques a Putin são "ataques ao nosso país".

O Kremlin rejeitou as conclusões do relatório de inteligência dos EUA sobre interferência nas eleições do ano passado, dizendo que elas são infundadas e que servem de pretexto para que o governo Biden aplique mais sanções contra a Rússia. O mesmo relatório aponta que o Irã e, em menor escala, Cuba, Venezuela e o Hezbollah, também tentaram influenciar as eleições americanas de 2020.

“Em geral, só podemos lamentar mais uma vez que tais documentos – que estão longe de ser de alta qualidade – sejam usados, provavelmente, como uma desculpa para colocar na ordem do dia a questão de novas sanções contra nosso país", disse Dmitry Peskov, porta-voz do presidente russo.

Restrições de exportação à Rússia

O Departamento do Comércio dos Estados Unidos informou nesta quarta-feira que expandirá as restrições de exportação à Rússia e acusou o país de utilizar armas químicas contra adversários.

"O Departamento de Comércio está empenhado em impedir que a Rússia acesse tecnologias sensíveis dos EUA que possam ser desviadas para suas atividades de armas químicas malignas", diz o comunicado do governo americano. De acordo com o documento, os russos usaram armas químicas ou biológicas em violação ao direito internacional.

No ano passado, o opositor russo Alexei Navalny sofreu uma tentativa de envenenamento que foi condenada pelos EUA e por países da União Europeia. Após passar um período na Alemanha, ele foi detido ao retornar à Rússia.

"A partir de 18 de março de 2021, o BIS analisará os pedidos de licença sob a presunção de negação de exportações e reexportações de itens controlados por razões de segurança nacional que se destinam à Rússia", diz o comunicado dos EUA.

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