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O ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, enviado especial da ONU para o Haiti, testemunhou em primeira mão na quarta-feira (6) os problemas que continuam dificultando a vida das pessoas que vivem no país quase dez meses depois do devastador terremoto de 12 de janeiro.

O desastre matou cerca de 300 mil pessoas e deixou 1,3 milhão de desabrigados. Nas últimas semanas, aumentaram as críticas por parte do governo haitiano sobre o nível de ajuda fornecido pela comunidade internacional. Nesta quarta-feira, Clinton visitou um acampamento para desabrigados em Petionville.

Centenas de pessoas ainda vivem em tendas improvisadas e casas construídas com materiais básicos. "Tudo o que precisamos é de trabalho, segurança, saúde e escola, nós não temos nada disso", disse John Lassere, haitiano que vive no acampamento.

Clinton disse que a reconstrução das universidades é uma prioridade do o esforço de recuperação. "Precisamos gastar muito dinheiro para reconstruir as universidades que foram afetadas e contratar instrutores qualificados."

Projetos

A Comissão Interina para a Reconstrução do Haiti (CIRH) realizou nesta quarta-feira (6) sua terceira reunião para analisar projetos relacionados à reconstrução do país. O encontro dá oportunidade para que os membros da CIRH examinem os 29 projetos aprovados na segunda reunião da entidade, realizada em 17 de agosto.

Dos 29 projetos aprovados, 23 concernem aos setores da agricultura, saúde, tratamento de resíduos, energia, educação, infraestrutura e prevenção de desastres. Alguns desses projetos não tinham ainda nenhum tipo de financiamento, enquanto outros têm financiamento apenas parcial.

A Comissão foi criada por decreto presidencial em 21 de abril, três meses depois do terremoto que destruiu o país em 12 de janeiro, deixando 300 mil mortos, 300 mil feridos e 1,3 milhão de desabrigados.

A missão da CIRH é empreender, em prazos rápidos, o planejamento, a coordenação e a execução dos projetos de desenvolvimento e dos programas financiados por provedores de fundos internacionais, ONGs e empresas.

A entidade é comandada de maneira conjunta pelo ex-presidente americano Bill Clinton e pelo primeiro-ministro haitiano, Jean-Max Bellerive.

O organismo tem também como uma de suas prioridades a evacuação de 500 mil pessoas que vivem em lugares de risco.

A CIRH planeja a construção de 120 mil abrigos, bem como a reparação de 80% das casas danificadas pelo terremoto - aquelas consideradas possíveis de recuperação.

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