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A blogueira dissidente Yoani Sánchez foi detida em Bayamo, leste da Cuba | AFP PHOTO/ADALBERTO ROQUE
A blogueira dissidente Yoani Sánchez foi detida em Bayamo, leste da Cuba| Foto: AFP PHOTO/ADALBERTO ROQUE

A blogueira dissidente Yoani Sánchez foi detida em Bayamo, leste da Cuba, para onde havia viajado para acompanhar o julgamento do político espanhol Angel Carromero, acusado de homicídio involuntário no acidente que matou o opositor Oswaldo Payá.

"A blogueira pró-norte-americana Yoani Sánchez foi detida hoje na cidade de Bayamo, local para o qual viajou para tentar uma provocação e show midiático que prejudicaria o bom desenvolvimento do julgamento", afirma o site yohandry.com, de um blogueiro ligado ao regime cubano.

García Ginarte, jornalista do canal de televisão de Bayamo, 750 km ao leste de Havana, afirmou no Twitter que "Yoani Sánchez viajou a Bayamo para um show provocativo e para prejudicar o julgamento de Carromero"

"Foi detida pelas autoridades locais", completou.

De acordo com os blogueiros oficialistas, Sánchez foi detida ao lado do marido, o jornalista de oposição Reynaldo Escobar, que, segundo Ginarte, "foi instruído na SINA (Seção de Interesses dos Estados Unidos) para provocação de sua esposa #yoanifraude e para afetar o julgamento de Carromero".

García Ginarte afirma que Yoani Sánchez viajou na qualidade de "correspondente ilegal" do jornal espanhol El País e, "alheia às partes envolvidas", tenta "prejudicar" o julgamento Carromero, que acontecerá nesta sexta-feira (5) em Bayamo.

Carromero, de 27 anos e dirigente de Novas Gerações do Partido Popular, dirigia o veículo alugado que, em 22 de julho, bateu em uma árvore perto de Bayamo. No carro estavam Payá e o também opositor Harold Cepero (31 anos), ambos mortos no acidente, além do político sueco Jens Aron Modig, 27 anos, que retornou a seu país após a investigação policial.

As autoridades cubanas afirmam que o acidente foi provocado por excesso de velocidade em uma área da estrada que passava por reparos. Carromero pode ser condenado a até 10 anos de prisão.

A morte de Payá, 60 anos, dirigente do opositor Movimento Cristão Libertação, vencedor do Prêmio Sakharov 2002 do Parlamento Europeu, teve grande repercussão internacional, incluindo uma mensagem de condolências do Papa Bento XVI.

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