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Presidente da Bielorrússia (Belarus), Alksandr Lukashenko
Presidente da Bielorrússia (Belarus), Alksandr Lukashenko tem adotado posturas polêmicas diante da pandemia.| Foto: Sergei Gapon/AFP

Segundo pesquisas de boca divulgadas pela comissão eleitoral da Bielorrússia (ou República de Belarus), o veterano líder Alexander Lukashenko, de 65 anos, deve conquistar o sexto mandato na presidência do país. Recentemente, Lukashenko chamou a atenção mundialmente por indicar vodca e sauna para tratamento da Covid-19.

Svetlana Tikhanovskaya, a esposa de 37 anos do YouTuber Sergei Tikhanovsky, que planejava contestar a eleição antes de ser detido em maio por supostamente incitar distúrbios, recebeu 7% dos votos, segundo as pesquisas. O comparecimento às urnas foi de 79%. Os resultados do pleito devem ser divulgados nesta segunda-feira (10).

As tensões estão aumentando no país. Lukashenko ameaçou reprimir qualquer protesto, e ao menos oito integrantes da campanha de Tsikhanouskaya foram presos. Lukashenko acusa a Rússia, seu aliado de longa data, de tentar fomentar uma revolta depois que as forças de segurança bielorrussas prenderam 33 cidadãos russos por supostamente conspirarem para incitar tumultos para desestabilizar a Bielorrússia. Moscou nega qualquer envolvimento.

Mesmo antes dos locais de votação na Bielorrússia terem fechado, a chefe da comissão eleitoral do país, Lidia Yermoshina, havia declarado queresultados fragmentários mostravam Lukashenko à frente da disputa. Segundo ela, Lukashenko teve 82% dos votos em hospitais e sanatórios em cinco regiões. Segundo o anúncio, Sviatlana Tsikhanouskaya tinha cerca de 7% dos votos nesses locais. A chefe da comissão eleitoral não especificou quanto esses votos representavam do total do eleitorado.

A eleição presidencial opôs Lukashenko, que detém o controle do país desde 1994, a quatro outros candidatos, e gerou os maiores protestos da oposição em anos. Opositores suspeitam que autoridades eleitorais podem manipular os resultados da votação para dar a Lukashenko o sexto mandato. Protestos anti-governo eram esperados para este domingo.

A participação eleitoral foi tão alta que alguns locais de votação em Minsk tiveram que superar o horário de fechamento, planejado para as 20h (horário local), para acomodar os eleitores que ficaram esperando em longas filas, disse Yermoshina.

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