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A fabricante de aeronaves norte-americana Boeing e a sua fornecedora, a japonesa Indústrias Pesadas Mitsubishi, estão inspecionando as asas de 43 aviões Dreamliner 787 que ainda não foram entregues em virtude da possibilidade de terem sofrido fissuras durante a fabricação. A descoberta deve levar a empresa a atrasar entregas de aeronaves para algumas companhias aéreas.

O defeito representa uma grande dor de cabeça para a Boeing, que tem conseguido impulsionar a produção depois de anos de atrasos e está trabalhando para manter a meta de produzir 10 Dreamliners por mês este ano. A empresa ainda planeja entregar cerca de 110 aviões desse tipo em 2014 e afirmou que sua previsão de receita para o ano permanece inalterada.

As asas são fabricadas pela Mitsubishi, que disse à Boeing que uma mudança no processo de manufatura pode ter provocado as rachaduras, de acordo com um porta-voz da Boeing. Inspeções subsequentes revelaram fissuras em algumas aeronaves.

No ano passado, a Boeing suspendeu 787 entregas devido a problemas com as baterias de íon-lítio. Reguladores globais impediram os Dreamliners de voar por cerca de três meses até que a empresa encontrasse uma maneira de solucionar o problema.

A Boeing informou que nenhum dos 123 Dreamliners entregues até agora foram afetados por fissuras nas assas. A companhia foi informada pela Mitsubishi na segunda metade de fevereiro sobre o problema após checagens de qualidade rotineiras, disse uma pessoa familiarizada com a questão. As duas empresas estão inspecionando os 787 com números de linha de 151 a 193, o que representa cerca de um quinto de todos os Dreamliners construídos desde 2007, conforme a mesma fonte. "Nós entendemos o problema, o que deve ser feito para corrigi-lo, e estamos completando as inspeções de aviões potencialmente afetados", disse o porta-voz da Boeing.

A empresa tem acelerado a produção para atender à forte demanda pela aeronave, mais eficiente em combustível, e espera conquistar 17 novos clientes em 2014, incluindo American Airlines Group, Air Canada e Kenya Airways. "Vamos trabalhar com os clientes para ajustar prazos de entrega conforme for necessário", apontou o porta-voz da Boeing.

Fonte: Dow Jones Newswires.

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