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O grupo extremista Boko Haram assumiu o controle da cidade de Chibok, no noroeste da Nigéria, onde em abril deste ano foram sequestradas cerca de 300 estudantes. Na quinta-feira (13), os militantes chegaram armados em picapes e motos e rapidamente conquistaram a cidade, forçando milhares de moradores a fugir.

"Ninguém pode dizer o que está acontecendo lá hoje porque todo mundo está apenas tentando escapar com suas vidas", declarou o presidente do governo local de Chibok, Bana Lawan.

Algumas jovens sequestradas conseguiram escapar nos primeiros dias em cativeiro, porém 219 continuam desaparecidas. De acordo com o líder comunitário Hussain Monguno, nenhuma das garotas que escaparam estava em Chibok no momento do ataque. Ele informou que todas receberam bolsas de estudo para escolas no norte da Nigéria.

Há quase um mês, o governo nigeriano anunciou que o Boko Haram havia concordado com um cessar-fogo imediato. A esperança era que a trégua conduzisse à libertação das estudantes sequestradas. Porém, em vídeo divulgado no mês passado, o líder do grupo islâmico Abubakar Shekau disse que as meninas eram "uma história velha" e que todas haviam se convertido ao islã e se casado com combatentes. Desde o anúncio do aparente cessar-fogo, os rebeldes tomaram o controle de várias outras cidades e aldeias onde eles declararam ter criado um califado islâmico.

Monguno afirmou que pelo menos sete pais das estudantes raptadas morreram em decorrência de ataques cardíacos. Como os extremistas muitas vezes destroem torres de telefonia celular e os militares cortam as comunicações de áreas sob ataque, tem sido cada vez mais difícil entrar em contato com os pais das vítimas.

Segundo moradores que fugiram dos ataques, os extremistas instalaram tribunais que seguem uma versão estrita da Sharia, código de leis islâmicas. As penas preveem amputação das mãos e dos pés em caso de roubo e açoitamento para infrações menores, como fumar cigarros.

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